REMINICÊNCIAS:
O Lobisomem era o Delegado de Polícia=
O Lobisomem era o Delegado de Polícia=
A iluminação elétrica pública antigamente nos idos de 1940/1950, era das 6 horas da tarde indo até às 10 horas ou no máximo 12 horas, e fornecida por motor movio à carvão, gás ou óleo diesel. Em São Joaquim do Monte, Pernambuco, não era diferente, só que pela ignorância de muitas pessoas, falava-se muito em "Papafigos", lobisomens, etc. Poucas pessoas se arriscavam sair às ruas depois que a iluminação pública era normalmente suspensa com a paralização do Motor e consequentemente as luzes dos postes eram apagadas. E aí começavam a aparecer assombrações, e os "lobisomens" eram quem mais faziam medo. Mas os entendidos no assunto sabiam que quando os "homens em forma de lobos" começam a surgir nas noites escuras ou enluaradas, certamente apareceriam mulheres grávidas, quer casadas ou solteiras. Normalmente os "lobisomens" saiam mascarados, com chocalhos dependurados e "quengos de cocos" nos pés, e muito barulho e grunhidos para amendontrar mesmo qualquer pessoa.
Certo dia, o meu tio Pedro teixeira de Carvalho, que era político da UDN e liderado pela família Sampaio da Usina Roçadinho (Lael, Alde e Cid) que ficava no Município de Catende-PE, resolveu descobrir quem era o "lobisomem" que estava aterrorizando as noites na cidade de São Joaquim, e convidou um seu sobrinho e meu primo de nome Genésio, para tal empreitada. E ao se apagar as luzes da cidade, isto por volta da meia-noite, descobriram que o tal "lobisomem" se vestia tipicamente numa parte interna da igreja Matriz que se encontrava em reconstrução. Diante essa situação, os dois (meu tio e o primo) decidiram em esperar o tal "lobisomem" na sua volta para mudar de roupa, e só foi o que deu. Duas horas depois da espera, lá vinha a zoada do "lobisomem" que se dirigiu para o interior da construção da igreja Matriz, e aí o meu tio Pedro Teixeira com Genésio, sacaram os revólveres que conduziam e com lanternas focadas nos rosto do tal "bicho" pediram para que tirasse a máscara. E ele relutou, chamou pelo nome do meu tio, disse que o admirava, mas que ele não fizesse com que ele ficasse identificado. Mas não foi atendido, tirou a máscara e era o Delegado de Polícia local, que até perseguia politicamente o meu tio Pedro por este da UDN e da Oposição do Governo. Nesta hora o esmo foi amplamente censurado por meu tio que se comprometeu a guardar o segredo enquanto ele fosse Delegado de Polícia em São Joaquim do Monte, e a partir daí diminuiu suas pressões policiais contra os simpatizantes da UDN. Tempo depois uma jovem moça de um aglomerado urbano adjacente à cidade, revelava que estava grávida do tal "Lobisomem".
Prezado Sr.Newton
ResponderExcluirAdorei o texto do lobisomem de São Joaquim do Monte, principalmente porque ele fala do Sr. Pedro Teixeira que era padrinho da minha mãe, filha de João Inácio da Silva (João Coveiro)que ironicamente, embora amigos e compadres, eram opositores políticos, meu avô era do PSD e seu tio do UDN e na época das eleições eles ficavam sem se falar e seu tio o provocava colando na venda de meu avô posteres do João Cleofas de Oliveira. Tudo exatemente na época mencionada no texto.