quarta-feira, 26 de agosto de 2009

REMINICÊNCIAS HISTÓRICAS DE SÃO JOAQUIM DO MONTE

01- São Joaquim do Monte - PE

Desmembrado do Município do Bonito-PE, foi criada a Vila em 01 de julho de 1909 pela Lei Estadual Nº 991. Tornou-se Município autônomo em 11 de Setembro de 1928, pela Lei Estadual Nº 1931, sendo instalado a 1º de janeiro de 1929. A 31 de dezembro de 1943, teve o nome mudado para Camaratuba por força do Decreto-Lei Nº 952. A 31 de dezembro de 1948 pela Lei Estadul Nº 416, ganhou a denominação de São Joaquim do Monte, tendo como Padroeiro o mesmo Santo.
REMINICÊNCIAS;
Conforme asseverava minha mãe, nasci no Bairro de Água Fria, no Recife, no dia 30 de agosto de 1937, como consta dos meus documentos pessoais. Minha mãe era natural de São Joaquim do Monte, e meu pai do Município vizinho do Bonito, Interior de Pernambuco, adjacente à Bezerros e Caruaru.
Com dois ou três anos de idade, meus pais(Antônio Thamaturgo de Gervázio e Adélia Maria de Carvalho) regressaram à São Joaquim.Quando nascí já existiam os meus irmãos Heráclito e Georgina, tendo depois em 1940 nascido Bismarck na cidade de Panelas onde meu pai trabalhava como Guarda-Fios dos Correios e Telégrafos.
Como criança a minha memória registra que com 6 anos já sabia ler e escrever, pois mesmo naquela época em São Joaquim e na quase totalidade dos Municípios pernambucanos, as crianças só, podiam se matricular em Escolas Públicas com a idade mínima de 7 anos, para cursar o PRELIMINAR, no entanto, minha mãe conseguiu não sei como, que eu com 6 anos pudesse ficar assistindo ao lado de minha irmã Georgina, as aulas que eram ministradas a ela, e foi assim que aprendi a ler e escrever com apenas 6 anos, o que era uma dmiração naquele tempo, e lembro que meu tio Pedro de dona Neném" (Pedro Teixeira de Carvalho), comerciante (proprietário da Padaria Santa Terezinha no centro da cidade), e político militante da antiga UDN), se orgulhava desse fato, e muitas vezes me colocava na calçada do seu estabelecimento comercial e mandava eu ler alguma coisa para os amigos e clientes observarem e admirarem.
Já com 10 anos passei a integrar o grupo de Escoteiros que existia em São Joaquim, sendo "Lobinho" e Monitor da minha truma, pois sabia ler correntamente e transmitir aos demais, até mesmo aos mais velhos Escoteiros. Todos fardados, uma glória para qualquer criança e para os familiares.
Certa vez o Chefe de Escoteiros, se não me falha a memória chamado Clóvis, funcionário público estadual, e homem preparado para tal finalidade, realizou um "Acampamento" dos Escoteiros na Zona Rural do Município, o que fazia parte das tarefas instrutivas que tinham aspectos militares ou paramilitares, onde no treinamento os Escoteiros todos seguiam as orientações preordenadass, e eram postos sinais como os de trânsito hoje, para locomoção dos grupos de Escoteiros distribuídos pelo território onde estavam acampados em barracas de lona, e se alimentavam, além de receberem ordens dos Chefes de Grupos.
Quando do regresso à cidade, todos em forma de batalhão militar, marchando ao som dos tambores e de clarins. lembro-me muito bem, num domingo a tarde, ensolarado, o Chefe dos Escoteiros simulou um socorro médico, colocando um "Lobinho" numa maca, melado em algumas partes com mercúrio cromo e gaze em braço e pernas, que era conduzida por quatro Escoteiros, chamando a atenção de toda a população presente na cidade. Ocorreu, no entanto, que o "Lobinho" escolhido para tal fui eu por ser de pouco peso, só que ao chegar na cidade sob Sol quente, e a grande preocupação e curiosidade das pessoas, isto por volta das 5 horas da tarde, foi um "Deus nos acuda" pois o Chefe de Escoteiros pedia para eu sair da maca e eu não respondia e nem saía, causando transtornos. É que peguei no sono e dormí em quase todo o trajeto. E pior quando minha mãe me viu todo sujo de mercúrio cromo e gazes, quando morria, dando trabalho para explicar o corrido. Mas depois foram risos e um final feliz.

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