terça-feira, 11 de agosto de 2009

"AS MÃOS DE VITALINO" - Rafael dos Santos Barros






















De Vitalino as mãos eram mãos santas

Que modelaram, em barro, os nordestinos

E transportaram a dor e os desatinos

Para os bonecos tantas vezes, tantas!

Bonecos tristes quanta vezes, quantas?!

Minha alma cega, por meus olhos, viu;

A tua dor, meu coração sentiu

no canto mudo que 'inda hoje cantas!

Soprou-se a vida num boneco mudo

Que sem falar, assim, dizia tudo

dos Nordestinos, dos destinos seus,

Advertência dos que nascem pobres

Pelas mãos rudes que ficaram nobres,

Abençoadas pelas mãos de DEUS!."

(o poeta Rafael dos Santos Barros faleceu recentemente)


A CIDADE SE APRESENTA
de: Rafael dos Santos Barros.


Pela voz dos cantadores

Pelos versos dos Poetas

Pela Força dos Atletas

Pelos "ais" dos Sofredores

Pelos que choram cantando

Pelos que estão trabalhando

Pelos que não têm amores

Pelas mãos dos Ceramistas

Pelas Peças dos Artistas

Pelos que gritam Louvores

Pelo Time do Central

Pelo seu bom Carnaval

Pelos seus Compositores

Pelas Festas de São João

Pelo subir do Balão

Pelas Ruas Multicores

Pelas Morenas Dengosas

Pelas Mulheres Formosas

Pelo Olhar dos Sonhadores

Pelos Gurís sem Maldade

Pelas suas Faculdades

Pela Voz dos seus Doutores

Pela Noite que Seduz

Pelo Monte Bom Jesus

Pela Catedral das Dores

Pelas suas Emissoras

Pelas Classes Produtoras

Pelo Dom dos Professores

Pela Feira Gigantesca

Pela Vista Pitoresca

De Norte, Sul, Leste, Oeste

Onde o homem segue o Trilho

E se ufana de ser Filho

da "Capital do Agreste."

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