Ao centro da foto encontra-se José Alexandre Saraiva (Dr. Saraiva) ladeados por Benjamim de Lucena Galvão ("Bêja" á esquerda) então Presidente da Câmara Municipal de Panelas-PE e Newton Thaumaturgo (à direita) quando de nossas presenças em Foz do Iguaçu-PR em Congresso de Vereadores e Assessores de Câmaras Municipais. Esta foto foi feita defronte ao Palácio da Justiça Federal naquela importante cidade no momento que aguardávamos o Dr. Edgar Limpamm, Juiz Federal, para almoçarmos e batermos um papo cordial.
Viajando com suas asas da sua irrequieta imaginação, o Dr. José Alexandre Saraiva, conhecido pelos amigos de Panelas onde nasceu como apenas José Alexandre, ou pelo apelido de "José de Benedito", é um homem super preparado culturalmente e um ser humano por exceelência. Ex-Auditor da Fazenda Nacional, ora aposentado ainda jovem pois como jovem começou a trabalhar. Bacharel em Direito (Advogado), Escritor de mancheia, com vários livros publicados; poeta com prêmios até internacionais; Professor com P maiúsculo e docente Universitário no majestoso Paraná onde reside e formou a sua família. E tantos outros títulos e atividades importantes como Jornalista, Músico e Compositor. Na verdade trata-se se um homem polivalente, mas a sua maior riqueza está na humildade e fidalguia de que é portador.
Mas voltando ao início quero registrar nesse blog a Crônica que o Dr. Saraiva escreveu sob o título "QUE PEPADA", utilizando-se quase exclusivamente de palavras iniciadas com a letra P, sem o uso do vocábulo "QUE", contando a sua vida e andanças pelas ruas do Mundo, registrando os nomes dos amigos e famílias de sua amizade. Vejamos:
"Para os Paganinis, Pamplonas, Paolas, Parreiras, Portelas, Pascoales, Pupis, Pupos, Passos, Penteados, Prietos, Petris, Porciúnculos, Porciúnculas, Polaks, Pontes, Pintons, Pietrowskis, Papinis, Pirandellos, Pitrigrillis, Panuttis, Palhares, Pirquéias, Plácidos, Pedrosas, Proenças, Plínios, Piazollas, Pachecos,Parciorniks, Proliks, Portes, Patituccis, Prestes, Pastorellos, Procópios, Pellegrinos, Pivas, Pasinis, Pícollis, Pacettis, Pacos, Pilotos, Palermos, Padilhas, Padovans, Padovanis, Paeses, Pedrosos, Pimentéis, Perrines, Pafôncios, Pedrotis, Perivaldo, Paulinos, Pereira, Paixões, Pires, Perpétuos, Pessoas, Péricles, Peres, Prates, Perequetéis, Pintos, para Pernambuco, Paraíba, Pará, Paraná, Piauí, Paquistão, Paraguai, Polônia, Perú, Panamá, Portugal, Países Baixos, Páises Altos, para Przybyzs, polícias, putisgrilas!, paro.
Meu nome contém todas as letras, menos uma, conforme descobrirá o leitor, eis que me chamo Severo José Alexandre Saraiva Narraceno Benedyto Faranho de Almeida Gouveia Klowsin de Xavier e Queiroz, vulgo Cícero Baroni, Enoch Lucena e Naya Macambira.
Providencialmente, porém, fui produzido por meus progenitores na Pindorama, "país da picaretagem", personificado no passado por um pau e proclamado por Pedro, português, o Primeiro. Para perpetuar a primeira letra do poderoso e promissor pau, políticos populistas petrificaram-na propositadamente no princípio de seus Partidos. Prevenindo problemas de personalidade e para preservar orgulho próprio e postura, fui parido em Panelas, Povoado pernambucano, pequeno paraíso, prolificada pelos poetas, prosadores, piabas e pintibus. Projetada com perfeição, a Prefeitura, prédio pomposo, pontificava na principal via pública, perto do péla-porco, do palanque, da praça, da padaria e da casa dos Paulino, e o Prefeito, primo de papai, peralta e prediletos patrícios do peito, puseram-me o apelido de "Pé-de-pato". Pura pirraça desses "Papangus", "Chupa-Pedras e "Papafigos".
Permanece patente no pensamento a paisagem na qual, no pequenino e pacato potentado de papai, prevalecia a presença di pitangueiras, paineiras, palmas, pirins e um pé de pitomba, onde patativas, pintassilgos e periquitos pousavam a passos pausados e um parrudo pica-pau perambulava, possesso, picando sem piedade, parecendo paciente do Pinel possuído pelo Pererê e por papaverina preparada com pimenta.
Papai passava parte de pouco tempo disponível papando pinha, pamonha, pé-de-moleque e paçoca de castanha pilada no pilão pelo patureba Pretestado. Pendurado na rede presa à parede do pequeno paiol, papai percebia pombos, pintinhos e patos pipilando e perericando pequeninos pedacinhos de pãp perdidos pelo pátio. Por essa privilegiada posição, de permeio, piscando as pestanas e pálpebras, polindo a peixeira e o punhal prateado, ele podia pacientemente contemplar potros, pacas, perus repletos de pena, porcos com pintas pretas, prestes a pisotear o pasto de capim pangola, e o pervettido e prodigiso papagaio Perivaldo pronunciando palavras proibidas e paparicando papagaia na porteira.
Pesarosamente, parti para a parte prometida deste País, portando meu piston, o fole pé-de-bode, partituras e um punhado de poemas no pensamento. Peguei o pau-de-arara "Progresso" em Palmares e cheguei às paragens poéticas do Pão-de-Açúcar, dos passistas da passarela, do Pinxinguinha, da Portela e das folias com piratas-da-perna-de- pau. Paquerei Pepa e casei com Penha, capixaba de Ecoporanga.
Para prover-me, após percorrer caminhos de pedras, com a proteção pertinaz e paciência de minha mãe --- Dona Eliza Mendes Saraiva, a mais doce canção, viúva meeira de Benedito Alexandre de Souza, "o Queijeiro", "o Valkseiro", "o Bacurau", principiei numa farmácia, perto da praça Aphonso Pena, cuja propaganda era com peagá, passando, depois, para a Pólux Veículos, Lojas Par e Casa Presidente.
Pelejei, pelejei, paguei penitências, peregrinei a pé e na penúria pela Pavuna. Piedade, Penha, Parati, Parada Angélica, Paquetá e Petrópolis, indo pousar, primeiro, no Joaquim Pizarro, depois perto da Praia do Flamengo, preferida dos "paraíbas", na Presidente Arthur Bernardes, pertinho de dois palácios, um presidencial, outro provinciano. Por lá passei pouco tempo, pero recordo terem pregado na parede do prédio uma placa com propagranda de "pensão popular".
Perseguindo a progressão profissional, passei de primeira, na prova para o poder público, promovida pelo Serpo, cujo "ponto do paletó" era na Presidente Antônio Carlos, próximo ao Passeio Público, a poucos passos do Plaza, onde projetavam películas de minha particular predileção.
Passou o tempo e eu partir, com a princesa Penha, para o Paraná, precisamente (passando antes pela Capital, na Vila São Paulo) para Pinhais, porção de preservação do patrimônio potável paranaense, onde proliferam prados, pirilampos, pardais, paisagens pictóticas, pomares, poncãs, pêssegos, peras e pipas planando no ar purificado pelos pinheirais. Pinhais, Pinhais... do Palmitalzinho, das painas, da Vila Perneta, do Parque Panorâmico - no passado pequena parte de pastagem pertencente a Piraquara, e, no presente, populosa, promissora e, por pressão popular plebiscitária, possuidora do patrimônio próprio- posicionando-se minha primeira palhoça na Carlos Poulhamann, nome de um polaco, sendo de papel passado a propriedade particular.
Preservando a paz pessoal e privacidade, fiz parada no presente paradeiro: Pablo Picasso, Privê, antiga Palmital.
Periodicamente, por particularidades profissionais, vou ao Paraguai e, na passagem pela Ponte, rumo à Petisquera, presto minha prece em prol da preservação do Paranazão, pernoitando, posteriormente, na Martins Pena, 269, pensão de repouso padrão presidencial, com piso de peroba, piscina e peabolim, plameiras, plantas púrpuras e paisagísticas, parecendo um pedaço do Parque Nacional.
Prateando o passamento, no passado, do principal e proeminente pároco panelense (1881), proclamo, publicamente, preito de pesar póstuma para o Padre Pedro da Purificação Paes e Paiva, Pároco da Paróquia de Panelas, Provícia de pernambuco, Professor Público Primário, par de Pedro, Pároco Prior do Paraná.
Pausa! Perdi os parafuso do pavimento pensante. Por ser Procurador Público e periodista, preciso ser prudente e parar com essa parola, pingando, via Pentium, o ponto precioso, capaz de parar esta provocante psicose peense."
Parabéns polivalente poeta panelense.
REGISTROS PITORESCOS E HISTÓRICOS:No Cartório de Registro de Imóveis e Hipotecas da Comarca de Panelas, que é hodje do 1º Ofício, encontra-se o primeiro registro de imóvel desde o seu funcionamento, isto é, datado de 19 de setembro de 1933, e o Escrivão de então foi o Sr. José Jerônimo. O imóvel registrado compreendia duas partes de terras localizadas no Sítio Serra d'Ave, compradas por José Macário Sebastião de Albuquerque e vendidas que foram por José Bernardo da Silva, a quem chamavam pelo apelido de ZECA, e sua mulher dona Rozenda Maria da Conceição, isto pela importância de 500$000 (quinhentos mil réis).
No Cartório do 2º Ofício Privativo de Órgãis e Ausentes, consta no Livro de Audiências de Nº 01, que o Tabelião era o Sr. João Correia de Mello Brazil, e Juiz Municipal o Sr. Manuel Amaro Jácome Pires, isto no ano de 1876.
A primeira procuração constante do Cartório acima referido, foi passada no dia 6 de agosto de 1879, sendo então Tabelião o Sr. José Matheus de Oliveira Guimarães, e outorgante o Tenente Francisco de Siqueira Passos, residente em São Benedito do Sul, que foi Termo da Comarca de Panelas, e outorgado o Dr. Jesuíno Claro dos Santos Silva. De acordo com o Livro Nº 02 desse mesmo Cartório, anotamos a primeira escritura pública que data de 1878, isto é, a primeira existente no Arquivo do Cartório em apreço, sendo vendedor o Sr. Clementino Leôncio da Silva, residente naquela época em Pesqueira, e compradora foi a Sra. Amara Cordeiro dos Santos, residente em Panelas. O objeto do contrato foi um Escravo de nome Barnabé, de cor parda, 14 anos, natural da Província de Pernambuco, e destinado para serviço agrícola, "Livre" e desembaraçado de qualquer penhora, embargo ou hipotecca, no valor de 65$000."
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