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O então Prefeito de Panelas, José Ávila Vilar, popularmente chamado por "Déde Vilar", de saudosa memória, foi em vida uma pessoa humana por excelência, e durante a sua gestão da qual fui Secretário Geral, ele não só prestigiava os eventos sociais, a exemplo do Festival de Jericos, como criava e participava de alegorias que chamavam a atenção dos espectadores, como o desfile do quadro da Sagrada Família fugindo num jerico para o Egito, cujo figurante como São José foi o jovem Roberto Paulino.
São incontáveis os poemas feitos pelo poeta panelense da gema, Rafael dos Santos Barros, recentemente falecido na cidade de Caruaru-PE, homenageando sua Terra querida e enaltecendo o Festival Nacional de Jericos que anualmente se realiza na cidade de Panelas terra o aludido vate. Dentre algumas dessa poesias maravilhosas, com a permissão do mesmo, transcrevemos o seguinte:
"Quem nunca foi à Panelas
Terra de paisagem belas
Palco de grande procelas
Aproveite esse momento
Pois a "Terra dos Cabanos"
Executando seus planos
Celebra todos anos
A Corrida de Jumentos.
Um Festival engraçado
Cada jumento enfeitado
Previamento batizado
Desfila nas passarelas
E o jumenteiro orgulhoso
Veja o festival manhoso
Da cidade de Panelas."
VEJA!
O jumenteiro orgulhoso
Vai enfeitar o Jumento
E fazer seu juramento
que pra ele é precioso
Montando o jegue manhoso
De azeitadas canelas
Vai pintar nas passarelas
Sentindo a grande torcida
Durante a grande CORRIDA
Do Festival de Panelas."
1º DE MAIO DE 1980
Panelenses de mãos dadas
Num canto que sobe aos ares
Desce à terra e fere os mares
Depois desentrelaçadas
Mostram qão são calejadas
Da faina sem paradeiro
Neste solo hospitaleiro
Esquecendo suas dores
Dão viva aos trabalhadores
Do Nordeste braseiro."
"O JERICO
Para preservar a raça
Dos males da extinção
Levante bem sua mão
Livre o Jegue da desgraça
Dê apoio, carinho e graça
A este herói verdadeiro
Forte, viril, pioneiro
Que nunca entrou em recesso
E ajudou o Progresso
Do Nordeste brasileiro."
"PANELAS!
Pedacinho de chão nordestino onde os desígnios de Deus fizeram em mim o milagre da vida, onde a luz do Sol feriu os meus olhos, onde o Céu se encontravana Serra da Bica, onde nasciam o Sol e a Lua, onde eu queria ver o Criador. Ilusões de criança, sonhos infantís, hoje, recordados com saudades.
Daqui saí ainda jovem em busca da vitória para a luta da vida, mas não esqueci da casinha amarela na bifurcação da estrada que levava à Cupira, nem da barriguda, nem do juazeiro que foram um traço de união para que, mais tarde, eu admirasse a Natureza.
Os velhos amigos, aqui, eu os deixei mas não os esqueci; a minha primeira professora, não caíram no esquecimento.
Hoje voltando com um pedaço do meu EU, os meus versos, volto para abraçar os amigos.
RAFAEL DOS SANTOS BARROS - 1986"
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