sexta-feira, 31 de julho de 2009

GUERRA DOS CABANOS EM PERNAMBUCO


A chamada "Guerra dos Cabanos" entre Pernambuco e Alagoas teve o Município de Panelas como um dos pontos mais acentuados, principalmente por residir alí o líder cabano Antônio Timóteo de Andrade. Foi uma guerra fratecida e de muitas mortes nos dois Estados, culminando com a "Proclamação do Bispo de Pernambuco aos Cabanos" em 1835, uma vez que tal guerra começou em 1832, que por falta de informações muitos pernambucanos e alagoanos do Interior, notadamente de Jacuípe, se insurgiram contra a abdicação forçada de Dom Pedro I ao Trono, e mesmo o Imperador tendo falecido tempo depois, os cabanos lutavam pela volta dele ao Trono Imperial do Brasil, pois a revolta permaneceu até o ano de 1840.


Era nessa época Bispo de Pernambuco o português Dom João da Purificação Marques Perdigão, que morreu no dia 30 de abril de 1864, passando assim 34 anos à frente da então Diocese de Olinda-PE.

A Proclamação foi nos seguintes termos:


"Proclamação do Bispo de Pernambuco ao Cabanos (Sic!)

A todos os nossos amados filhos em Jesus Christo habitantes em Panelas e Jacuípe, saúde e bênção do Senhor Deus que adoramos.

Quam sensível nos tenha sido o vosso procedimento, desde que aberrastes do caminho da retidão, não he fácil comprehender; agora porm por ocazião de prehencherdes o Nosso mais Sagrado Dever (qual o de visitarmos as nossas ovelhas para abençoarmos, e lhes prestarmos os benefícios ao alcance das Nossas atribuições). Prezenciais os effeitos provenientes do exercício das paixões, as mais execrandas, e alheias inteiramente da razão humana. Penetrados das mais pungentes mágoas, que o estado da vossa condenação eterna Nos tem ocazionado, ao qual ansiozamente dezemos occorer, como Nos cumpre. Deliberamos dirigirmos com urgância a vós na qualidade de Vosso Pastor e Pae Espiritual, suplicando-vos façais cessar desde já todas as hostilidades que vos constituem réos na prezença de Deus, que vos ha de julgar segundo os factos que praticardes contra vossos irmãos, a quem deveis amar como o mesmo Deus determina.

Vós, dilectos filhos, não ignorais que faltando a observância dos dois principais preceitos, quais são, o amor a Deus, e do próximo, e nos quais todos os outros se contém, faltais igualmente à observância de todas as Leis: e como vos consideramos dóceis; posto que illudidos, hé do Nosso mais incensial dever instruir-vos nas máximas que deveis praticar, para conduzir à Eterna felicidade. Escutai portanto a voz do Vosso Pastor, perçuadindo-se que este anhela a vossa Salvação, para que em vós não seja frustado o benefício da Redenção que Jesus Christo consumou em Vosso favor quando por Vós derramou o seu preciozissimo Sangue. Que resultado podeis colher da saptisfação de tantas paixões vivendo sem Lei, e aniquilando vossos semelhantes, como tanto e tão grande detrimento de vossa alma? Por ventura deveis ser Eternos neste mundo? Como vos degradais da dignidade de Christão para vos involverdes nos vícios, constituindo-vos filhos das trevas e do erro?Queirais por mais tempo viver na ignorância quando Deus vos chama ao conhecimento da Verdade? Se esta pois não seguirdes, algum dia vos recordareis inultimente do dia em que vos falamos, para evitar a Eterna ruína das vossas almas, que Nos foram confiadas. Nenhum outro arbítrio vos convém, que o de vos converterdes para Deus sempre pronto à mizericórdia, logo que exista perfeita contricção dos delictos perpetrados. Desenganai-vos de huma vez que os sentimentos que vos dominam não são comuns, o vosso partido é já diminuto, nem por muito tempo pode ter sequazes. Os vossos desígnios jamais podem prosperar. Que mais podeis dezejar além do que hoje gozamos? Não possuimos o Sr. Dom Pedro 2, legítimo Imperador de um Império livre, e independente, cujo Augusto Pai he rialmente falecido. Assembléias Legislativas, Geral e Provinciais, e os demais Poderes que o regem pellas Lei Fundamentais? E por que razão não entraremos no gozo da paz, e tranquilidade, a cuja sombra somente podemos felicitar-vos? Não he da vossa mente prolongar mais esta nossa Carta Pastoral, na inteligência em que estamos que vós vos convencerais das verdades que vos anunciamos e somente Nos resta exortar-vos à perfeita obediência ao Governo legitimamente constituído, para que finalize tanta calamidade, compadecendo-vos das vossas espozas, e filhos, a quem deveis tenro amor. Aprezentai-vos às Authoridades dezignadas para vos receberem, e darem a paz concedendo-vos licença ampla para habitarem pacificamente em vossos lares, como o mesmo Governo promete na Proclamação de onze de dezembro do anno próximo pretérito, que vos tem sido enviada, e na qual fundamentamos o nosso saudável conselho. A cédula que (segundo nos consta, pára na mão das Authoridades), designada para ser entregue a cada um de vós, a fim de não serem pertubados, pode convencer-vos da fideliddade de hum Governo verdadeiramente Paternal, que athe agora, longe de ordenar a vosso inexistência, pela força coativa, tem empregado todos os meios para vos conservar.

Viva a Santa Religião que felizmente professamos.

Viva a Nação Brasileira.

Viva o Sr. D. Pedro 2º

Dada na Rezidência Parochial de Porto Calvo aos 6 de fevereiro de 1835

JOÃO, BISPO DE PRNAMBUCO."


*- Publicada à página 219 do Livro "A Guerra dos Cabanos", de Manuel Correia de Andrade e ainda no Livro "História de Panelas-Terra dos Cabanos" de Newton Thaumaturgo.

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- MINHA EXCELÊNCIA


24- No regresso da viagem à Vitória, do Espírito Santo, o mesmo Vereador conhecido por Valentim, que estava hospedado num Hotel no Rio de Janeiro com o mesmo grupo de Vereadores, pois somente no dia seguinte iríamos viajar ao Recife pelo Varig e ficamos em apartamentos de três e quatro pessoas, e alta hora da noite, perto da meia-noite, o telefone da recepção do Hotel tocou para atender um telefonema de um Vereador de Caruaru, e o dito Vereador levantou-se ligeiro e atendeu o telefonema e como o Vereador a quem se destinava o recado estava no apartamento vizinho, ele não teve dúvidas, fez finca pé e foi chamá-lo, só que pensando que era um corredor, meteu a cara na "parede" que era u grande spelho. Não sabemos como espelho não se quebrou, mas o "galo" ficou na testa. Socorremos o mesmo, tendo tomado um grande susto.

25- Um Vereador de uma cidade vizinha a Caruaru, estava usando da palavra em uma Reunião Oridinária, e quís esclarecer ao u colega de Câmara a extensão da sua autoridade como Vereador, e assim se expressou em voz alta:

"Vossa Excelência não conhce a minha Excelência, porque se Vossa Excelência conhecesse a minha Excelência não teria me criticado."

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS-NOME DA SANTA


20- Ainda na cidade de San Juan, no Uruguai, uma senhora sposa de um Vereador do Brejo da Madre de Deus-PE, após o "café da manhã" de que falamos no item 19, resolveu fazer uma rápida visita à Igreja Matriz daquela cidade, o que é noral por quem viaja por lugares desconhecidos, só que ela foi com uma filha pequena, e lá no recinto da igreja, olhando para a imagem da Padroeira que era Nossa Senhora da Conceição, se dirigiu a um senhor que estava sentado na bacada daquele templo e perguntou: "Como é o nome dessa Santa?". E o senhor respondeu:


"La Madona de la Concepcion."


A senhora esposa do Vereador ficou rindo, e eu que presenciei o diálogo, terminei de rezar e fui saindo e ela dirigindo-se a mim, disse: "Olha Newton, aquele homem é doido. Eu perguntei o nome da Santa e ele disse uns palavreados esquisitos."

Expliquei a mesma que ali não se falava português e que ele havia respondido correto, dizendo que era Nossa Senhora da Conceição.

21- Chegando à Montividéo, Capital do Uruguai, no dia seguinte foos todos nós, eu e os Vereadores e esposas destes, no Restaurante EL FOGON, no centro daquela Capital, e encontrando um Vereador (Caruaru) que já havia almoçado, perguntei se ele gostou da comida dali, ele me respondeu: "Estou morrendo de fome, pois só botaram carne gordurosa de carneiro para mim." E eu indaguei: "E porque não pedisse carne de frango?". O Vereador retrucou dizendo que não havia carne de frango no cardápio. Eu disse que havia comido carne de frango e que havia essa opção no cardápio. Chamei o dito Vereador e pedi ao gorçon que troxesse frango grelhado e ele trouxe e o Vereador comeu bem. É que frango em espanhol se escreve pollo e se pronuncia polho. O Vereador mesmo portador de Curso Superior não encontrando a palavra frango no cardápio indicou outro prato qualquer, que no caso foi carneiro gordo.

22- Estava participando certa vez, há anos passados, em Encontro Nacional de Vereadores na cidade de Vitória, Capital do Estado do Espírito, e estávamos hospedados na cidade turística de Guarapari. E ao amanhecer fomos dar um passeio pela orla marítima daquela linda cidade, e num calçadão que dá acesso a praia dali, a exemplo de outras praias, estavam vendendo alimentos típicos diversos, como ocorre nas prais nordestinas especialmente, e numa dessas calçadas uma senhora vestida tipicamente, vendia pamonha, feitas na hora. Vários turistas estavam comprando as pomonhas cheirosas e apetitosas. Foi aí que um Vereador de Ibirajuba, que fica no Agreste de Pernambuco, resolveu experimentar das pomonhas. Ofereceu-me, eu agradecí não aceitando, mas ele que se chamava Jonas Costa, começou a saborear as pamonhas, uma após outras, era só descacando-as, tirando a palha e comendo, e os turistas observando discretamente, e eu também. Jonas comeu 16 pamohas. E depois aida toou café no Hotel que estávamos hospedados e que fica perto.

23- Quando seguiámos do Recife para esse Congresso de Vereadores de falamos no item anterior, tivemos de mudar de aeronave (Varig) no Rio de Janeiro onde houve uma escala. Passamos para outro avião e verificamos que faltava um Vereador, era um Vereador do Município de Cachoierinha-PE, que nunca havia viajado em avião. Imediatamente procurei a Comissária de Bordo e com ela fui procurar o tal Vereadorno avião que havíamos chegado oriundo do Recife, e lá no canto do avião estava ele transtornado, e eu perguntei porque ele não havia descido para toar lugar em outra aeronave, e ele me respondeu que estava "amarrado", era que não tinha conseguido abrrir o cinto de sgurança da poltrona e já estava com os dedos da mão direita irritados de tanto tentar. Destranquei o cinto, ele sem pestanejar, disse bem alto dentro do avião que stava repleto de passageiros: " Isto é transporte pra corno, a gente ter que viajar amarado."

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- UNA PALITA

Vereador José Rafael, ex-Presidente da Câmara Municipal de Châ Grande-PE

Vereadores de Caruaru, Chã Grande e outros Municípios no Aeroporto de Porto Alegre-RS quando de regresso à Pernambuco, vendo-se na foto abaixo os então Vereadores Gilberto Galindo, Oscar Matias e Maninho Pinheiro (falecidos); Elias Soares, Antônio Silva (ex-Vereadores), Lenardo Chaves (reeleito e atual Vereador de Caruaru), e ainda o ex-Vereador José Rafael, de Chã Grande, e familiares dos mesmos edis.



Um grupo de Vereadores pernambucanos de Caruaru, Brejo da Madre de Deus, Chã Grande, etc. viajava para o Uruguai partindo de Porto Alegre-RS em ônibus especial onde nesta Capital gaúcha se realizou um Congresso Nacional de Vereadores, e chegando pela manhã cedo numa cidadezinha uruguaia chamada San Juan, estando eu fazendo parte desse grupo, fomos tomar o café da manhã ara prossguir viagem num confortável ônibus da empresa "Cone Sul", de Caxias do Sul-RS.

O restaurante era até grande, mas de péssimas qualidades de comidas para quem vinha se alimentando em Porto Alegre, e mesmo por ser de uma pequena e atrasada cidade do interior do Uruguai. Mas tudo bem. Ao término do "café da manhã", ontes de se pagar a conta que era dividida por todos, o Vereador Gilberto Galindo (Caruaru, de saudosa memória), dirigiu-se ao garçon e verberou: "Io quiero una palita". E o garçon respondeu: "No entiendo señor". E Galindo coo era chamado, em voz alta: "Una palita". Foi então que eu entrei no assunto e perguntei a Galindo o que ele estava querendo. e o mesmo disse-me que estava pedindo um palito. Expliquei ao garçon que imediatamente trouxe um paliteiro cheio de palitos. Perguntei para finalizar ao Galindo onde havia aprendido espanhol, e ele sem titubear disse: "Foi e Quipapá, quando morava e trabalhava lá." Seguiram-se gargalhadas de todos os presentes, pois a cidade de Quipapá além de ser uma pequena cidade do Agreste de Pernambuco, nunca teve escola de línguas, uma vez que é na sua maioria de atividade agrícola.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- DENTRO DA URNA-BARCO E PORÉM











O então Vereador Miguel Lourenço, do Brejo da Madre de Deus, encontrava-se à bordo do avião da Varig juntament comigo e vários Vereadores, desta vez dirigindo-se à Foz do Iguaçu-PR, e chegando perto dele se encontrava sentada em uma poltrona ao lado a Vereadora Quiterinha (Quitéria Maria de Lucena e Silva) do Município de Panelas-PE, perguntou: "Sêo Miguel , onde é que fica o banheiro?" E o Vereador Miguel Lourenço respondeu: "A senhora siga em frente, o banheiro fica encima da asa." E a Vereadora Quiterinha espantada com a resposta disse: "Ave Maria!". Foi aí que eu indiquei à Vereadora onde ficava o WC no avião, pois a Vereadora estava na sua primeira viagem pelo espaço. Todos que presenciaram riram à vontade.

Geraldo Ferreira, então Vereador do Município de Jurema-PE participava de um Congresso Naconal de Vereadores em Foz do Iguaçu-PE e juntatamente com um grupo de Vereadores de Toritama, Panelas, Brejo da Madre de Deus, Chã Grande, Caruaru, etc., fomos conhecer em horário vago do dito conclave, o faoso "Lago de Ipacaraí" no Paraguai, e lá se aluga umas barcaças para se passear sobre o Lago. Trata-se de um lago lindo e extenso, só que a natureza o fez lindo mas sem profundidade, nos lugares mais fundos em determinados períodos, não alcança cinco metros. Quando a barcaça com os Vereadores dos Muncípios acima referidos ficou um pouco distante do ancoradouro, os Vereadores, principalmente Marcelo (Toritama) e Miguel Lourenço (Brejo) começaram a balançar a barca para um lado e para outro, e foi aí que Gerraldo(Jurema) tendo sido informado pelos mesmos Vereadores que a profundidade do Lago era enorme (não atingia dois metros), e como Geraldo não sabia nadar, passou a ter transtorno, pdindo a todos que pelo amor de Deus e de Nossa Senhora parassem de balnçar o barco, e não era atendido. Miguel Lourenço perguntou a Geraldo: "Você sabe do nome deste barco?" E Geraldo disse: "Não". E Miguel falou: "Alegria de Suplente". E Geraldo acreditou. Chegando ao ancoradouro o recebí, estando trêmulo e suado, dando graças à Deus em haver chegado ao fim do passeio. Foi ua gozação só, depois explicada ao Geraldo, então Prsidente da Câmara Municipal de Jurema, em Pernambuco.

Realizava-se há anos atrás, no década de 70, por volta de 1973(?...), u comício político partidário no lugarejo denominado "Recifinho" no Município de Panelas-PE, e como havia uma clara participação de políticos influentes do Município vizinho de Cupira, ali estava a então Líder política e Vereadora Ana Maria Dionízio, conhecida popularmente como "dona Ana Parteira", pessoa amiga, humana e com larga folha de serviços prestados às parturientes da Região, razão pela qual a maioria das mulheres a chamava de "Comadre Ana", que como candidata a Vereadora sempre era a mais votado no seu Município de Cupira, e que usaria da palavra discursando no citado comício político em favor dos candidatos que seguiam a orientação do então Prefeito Demócrito Miranda.

Chegando o momento de usar da tribuna foram registrados muitos aplausos e foguetórios, e em sendouma pessoa de poucas letras, usava sempre uma linguagem simples e com tratamento muito carinhoso para todos que a ouviam, dizendo normalmente "meus filhinhos, minhas comadres e compadres", e assim po diante, mas o interessante foi ao terminar o discurso, onde naturalente chorava copiosamente, fezo seguinte pedido aos eleitores ali presentes:

"Meus filhinhos, quando vocês entrarem nas urnas, tenham cuidado para não errar. Façam o "X" no lugar certo. Não tenham medo, pois quado vocês estiverem dentro das urnas ninguém saberá em quem vocês vão votar." (nessa época não se votava em Urna eletrônica, era marcando um X numa cédula de papel e colocada numa Urna de madeira).

E os candidatos que se encontavam ao lado dla ficavam "soprando": "não é dentro das Urnas dona Ana, é dentro das cabinas eleitorais."

Mas a empolgação da oradora tornava-a quase surda.17- Um grupo de Vereadores que participavam de um Encontro de Vereadores na cidade de Foz do Iguaçu-PR onde sempre são realizados os maiores Congressos de Vereadores e Prefeitos do Brasil, tendo em vista às visitas que são feitas ao Paraguai, especialmente para a Cidade de Leste, que nas horas vagas do Congresso citado, apenas atravessando a Ponte da Amizade, fazem compras ali por ser Zona de Comércio Livre, e muitos deste Vereadores resolveram fretar um ônibus turístico e ir até Assunção, Capital do Paraguai. Estava nesse grupo mas viajando por conta própria e não por conta de Câmaras de Vereadores e assim também os Vereadores.

Aconteceu que um Vereador do Município de Chã Grande-PE, conhecido pelo apelido de "Porém", o nome dele é Cícero Gonçalves, foi acometido de uma feia diaréia no trajeto, e dentro do ônibus, sendo necessário parar o ônibus na primeira localidade urbana, e depois de alguns poucos quilômetros, paramos numa pequena cidade onde existe um Santuário famoso do Paraguai. Lá o Contador e Advogado Dr. Ronaldo Melo que fazia parte do grupo e era o coordenador da viagem, comprou flaldas utilizadas por adultos e em forma de tapão colocou no Vereador "Porem". Foi um vexame danado. Minutos depois novas cólicas instestinais sentia o amigo Vereador e pediu para descer do ônibus a fim de encontrar um banheiro (WC). Descemos com ele, eu e Ronaldo, e fomos a umas três casas residenciais e ninguém quis atender. Resolvemos então ir até o Santuário e falamos com Encarregado do mesmo, relatando o caso e também não conseguimos o sanitário para o Vereador "Porem". E ele morrendo de cólicas. Então o levei até um terreno em forma de quintal da Casa Paoquial lá mesmo no Santuário e mandei ele defecar ali mesmo, que eu ficava tomando conta e topava a bronca que porventura viesse. E assim, o Vereador se aliviou e até melhorou. Não posso avaliar a reação do Padre ou do Sacristão quando descobriram o achado.

Perto de Assunção, Capital do Paraguai, cotinuando a viagem, paramos num Bar modesto, para tomar refrigerantes, lanchar, tomar cafezinho, ir ao banheiro, etc. Uma parada estragégica.

Cada Vereador do grupo fez o seu pedido ao garçon, só que um pediu um "café pequeno", e o garçon que falava "portanhol" indagou: "queres um chico?" Ele respondeu: " Não. Eu quero é um café pequeno, nada de Chico."

Então disse ao garçon que o que quria mesmo era um "chico", que em espanhol significava pequeno. Foi aí que o Vereador Miguel Lourenço (do Brejo da Madre de Deus-PE), gracejando disse:

"Quando a gente voltar e chegar em casa e encontrar o mulher com um "Chico", vai ser ruim".

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- TOMAR ASSENTO


06- No Brejo da Madre de Deus, há anos passados um Vereador pediu a palavra ao Presidente da Câmara e solicitou em Plena Reunião onde se encontravam muitas pessoas que fossem tomadas providências no sentido que o Presidente mandasse o Vereador...(fulano) "tomar no assento". É que ele estava aborrecido com um colega Vereador que havia ficado em pé, não havia sentado no devido lugar. Foram risos e mais risos e comentários jocosos por toda galeriaa e depois por toda a cidade.


07- Certo dia encontrava-me no meu Escritório de Assesoria Legislativa em Caruaru, e fui procurado por um Vereador de um Município adjacente à cidade de Vitória de Santo Antão, neste Estado. Tratava-se de um senhor de idade avançada, que me pedia ajuda para resolver um problema muito sério que estava enfrentando. Mesmo não trabalhando com a Câmara onde era Vereador, mas sempre procuro ajudar Vereadores de um modo geral, perguntei que problema ele tinha. Disse o dito Vereador que os seus colegas estavam pedindo para ele renunciar a Presidência da Câmara Municipal para qual fôra eleito para um período de dois anos.

E indaguei: o que estão alegando os seus colegas Vereadores para tal atitude? le parou um instante e relatou: "Olhe, eu souu evangélico e muito pobre. Tendo sido eleito Vereador e Presidente da Câmara, passei a comprar no "Mercadinho" da cidade as coisas para a cantina da Câmara Municipal, açúcar, café e materiais de limpeza, etc., e junto fazia uma "comprinhas" para minha casa, e descobriram."

E eu indaguei: e orque o senhor fez isso?

"É porque eu sou marinheiro de primeira viagem."

E lhe retruquei dizendo: ora na primeira viage o senhor está fazendo assim, imagine nas futuras viagens! Nós rimos à vontade. Eu e ele.

Finalmente, intercedi sugerindo aos Vereadores que aceitasse a sua renúncia da Presidência da Câmara, mas que não cassasse o seu andato de Vereador, o que foi aceito por unaimidade dos seus pares. E tudo voltou à normalidade.

08- De outra feita fui à Câmara da cidade de Pombos-PE a convite para fazer uma palestra sobre a elaboração e instituição da Lei Orgânica Municipal daquele Município. Presentes entre outras autoridades locais o então Deputado Estadual José Aglailson e ainda o então Prefeito do Município vizinho de Chã Grande e Vereadores.

Concluída a palestra um determinado senhor, bem vestido e de boa aparência, que julguei ser o Prefeito ou o Juiz da Comarca, dirigiu-se a mim e pediu para que eu lhe concedesse apenas uns minutos de sua atenção em particular. O que concedi numa das dependências do prédio da Câmara onde estávamos. O referido senhor assim se expressou:

"Eu preciso de um grande favor do senhor. Eu sou Vereador daqui, e quero que o senhor por bondade coloque na Lei Orgânica um artigo obrigando o Prefeito a mandar calçar urgentemente a minha Rua."

Como não seria eu o elaborador do Anteprojeto da Lei Orgânica daquele Município, disse para o mesmo: não se preocupe Vereador, este será o primeiro artigo da Lei Orgânica. E ele me agradeceu sorrindo.

09- Recebi de um Vereador de um Município daqui do Agreste de Pernambuco, adjacente à Caruaru, isto no início do ano de 1990, quando se estava elaborando os Projetos de Leis Orgânicas Municipais, cujo prazo terminava no dia 5 de abril daquele ano, um "punhado" de indicações para se adequar às Cartas Maiores dos Municípios, o que não foi possível fazer por eram inconstitucionais, vejamos o que o Vereador pediu para constar na Lei Orgânica Municipal:

"Art.____- Fica o Prefeito do Município obrigado a comprar um caminhão para fazer as mudanças das pessoas pobres e correlignários, deste Município."

"Art.___- Fica o Prefeito do Município obrigado a comprar e colocar antenas parabólicas em todas as casas dos Sítios, Povoados e Vilas deste Município."

"Art.___- Fica o Prefito deste Município obrigado a comprar uma casa para servir de Diretório Político na cidade."

10- A Câmara Municipal de Ibirajuba-PE stava reunida e o clima político estava horrível, os debates acalorados, e eu prsente como Assessor Legislativo. Muita gente assistindo. E inesperadamente o então Vereador Tiago pediu um aparte ao Vereador José de Couto Sobrinho("Zé de Tota"), de saudosa memória, dizendo:

"Quem é que quer sair fora para trocar tiros comigo?"

Foi um Deus nos acuda, e graças à interferênci de outros colegas evitou-se o "duelo", tendo sido encerrada a Reunião.

11- Ainda em Ibirajuba, o então Vereador-Presidente da Câmara, José de Couto Sobrinho ("Zé de Tota'), comprou em Caruaru uma campaínha elétrica para controlar o tempo dos discursos e apartes, e para iniciar e encerrar as Reuniões.

Aconteceu que o Presidete não havia avisado aos demais Vereadores por achar desnecessário, e quando o Vereador José Fernandes se encontrava falando, e era adversário do Presidente, ultrapassou o limite prmitido de 10 minutos para falar, o Presidente da Câmara tocou na campaínha que se encontrava por trás do Vereador que falava, e como era uma campaínha grande e num recinto pequeno, o Vereador tomou um susto tão grande que se dirigiu ao Presidente e disse: "Se tocar novamente esta porcaria eu arranco a mesma." E o Presidente respondeu: "Isto foi feita para tocar e eu toco". O Vereador retrucou dizendo: "Toque para você ver..." E o Presidente "tocou a campaínha". O Vereador Fernandes subiu numa cadeira e arrancou a campaínha com fios e tudo, ficando a mesma dependurado. Foi uma confusão dos infernos e pouco não houve morte. O caso foi parar na Justiça e a campaínha passou um bom tempo sem tocar pendurada no recinto do Plenário da Câmara Municipal de Ibirajuba.

12- Abílio de Charo foi Vereador e até Presidente da Câmara Municipal de Jataúba-PE, e certa vez partiipando d um Congresso de Vereadores na cidade de Caruaru, contestando dispositivos constitucionais, embora fosse homem de poucas letras, entendendo ele que tais preceitos inseridos na Constituição Federal prejudicava os Vereadores, mostrando um exemplar da Constituição do Brasil, disse:

"Isto não é uma Constituição, isto é uma Prostituição."

O pior que foi aplaudido pela quaase totalidade dos presentes. Imaginem!

13- Quando o Sr. Miguel Lourenço era Vereador no Município do Brejo da Madre de Deus-PE, participou de vários Congressos de Vereadores e uma vez voltando de um desses conclaves realizado em Foz do Iguaçu-PR do qual eu também estive, estávamos no Aeroporto daquela cidade em fila para embarcar as malas, e muitos Vereadores de várias partes do País. Como a fila estava grande, apareceu um gaúcho forte, alto e com pinta de alemão, que em alta voz bradava:
"Tem que haver uma providência para acabar co esses fstivais de Vereadores, que ganham muitoe não fazem nada." E foi aí que o então Vereador Miguel Lourenço que tinha a etade do tamanho do gaúcho, chegou perto dele, olhou para ele e constatou que o mesmo portava um grande anel de Direito num dedo de sua mão esquerda, era Advogado., e Miguel virou-se para ele disse-lhe: "Olhe, o que precsa mesmo de providência é para acabar com esses Advogados que vivem recebendo dinheiro de ladrões, traficantes e estupradores, para soltá-los."

O gauchão olhou para Miguel Lourenço, baixou a cabeça e não disse nada. Botou a "viola no saco" e tchau.

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- OS PEIXES


05- O então Vereador Lale, da Câmara Municipal de Caruaru-PE (falecido), estava inscrito na Ordem do Dia e como ele tomava uma "cana" danada, quando chegou a sua vez de falar, a maioria dos Vereadores presentes à Reunião se retirou indo para a cantina e Secretaria da Câmara, uns para tomar cafezinhos e outros para ler jornais e rever documentos.


Ficando dois ou três Vereadores com poucas pessoas no recinto do Plenário, que conversavam bastante assuntos diversos. O Vereador Lale protestou da Tribuna da Câmara dizendo:

"Quero protestar porque até os pixes se levantaram para ouvir o Profeta Josué, e aqui eu falo e ninguém quer me ouvir. Tenho dito."

E encerrou o seu discurso. O Vereador "Lale Enfermeiro" como era conhecido, se destacou também por ser autor de vários Projetos de Lei aprovados que denomiram Ruas da cidade de Caruaru com nomes pássaros: Rua das Andornhas. Rua Beija Flor, Rua Sabiá, Rua Bentevi, etc.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- A ESTÁTUA


04- O Vereador Lale (Severino...) de Caruaru-PE, era Enfermeiro e muito prestimoso com os mais pobres, e isto lhe favorecia em se eleger Vereador. Era um ser humano maravilhoso, mas também folclórico. Participando de um Congresso Nacional de Vereadores em Curitiba, Paraná, juntamente com vários colegas, quando da abertura do espaço para que os Vereadores apresentassem proposituras importantes para a classe e para o País, Lale pediu a palavra e para surpresa de todos disse:

"Eu como Vereador de Caruaru, Estado de Pernambuco, quero propor aos organizadores deste Congresso Nacional de Vereadores, que sejam tomadas providências para se construir a "ESTÁTUA DO VEREADOR DESCONHECIDO".

O Congresso quase vinha abaixo de tantas risadas, e uma revolta danada dos Vereadores de Caruaru presentes, pela ridícula propositura do Vereador Lale. É que Lale querendo justificar o seu pleito, piorou a situação dizendo:

" Ora, existe a Estátua do "SOLDADO DESCOHECIDO", porque não pode ter do Vereeador?".

Só que o Vereador é para ser conhecido e não desconhecido. Lale é falecido.

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- MURIÇOCAS


03 - Outra vez fui até a Câmara de Caruaru presenciar ou asssitir como dizemos sempre, a uma Reunião daquela Casa Legislativa, e o recinto estava totalmente repleto de pessoas, muitas das quais não puderam sentar por não ter cadeiras desocupadas ou vazias, e outras ficaram do lado d fora do prédio. Era muita gente, pois nessa noite iria ocorrer um debate ferrenho entre o Vereador Fernando Soares(Oposição) conhecido e chamado por "Fernando Safadeza", e o seu arquiinimigo Prefeito Drayton Nejaim. Nesse tempo existia uma verdadeira peste de muriçocas a cidade face a poluição do rio Ipojuca que corta a mesma. Eram tantas que mal se podia abrir a boca, e na Câmara se usava inseticida(veneno) para se poder realizar Reuniões com mais sossego, tantos eram os pernilongos.


O clima no rcinto da Câmara ra tenso, pois a bancada de Oposição era forte e corajosa. E ao se iniciar a Reunião se constatou um silêncio enorme em função da apreensão de todos, pois esparava-se até briga corporal ou tiroteio. E foi dentro dessa situação que o então Vereador Wanderley Francisco de Oliveira (tempo depois assinado na porta do prédio da Câmara Municipal) conhecido como "Wanderley do Juá" (Juá nome da Vila onde mesmo nasceu e residia), homem valente, adversário e inimigo do Prefeito Drayton Nejaim, querendo Wanderley afastar as muriçocas que estavam lhe aborrecendo junto ao seu rosto, juntou as mãos e bateu as mesmas para matar os insetos(muriçocas), gerando daí uma salva de palmas que não acaba mais, pois a grande maioria dos presentes era da Oposição. E como ninguém ficou sabendo das razões de tantas manifestações, o Presidete da Câmara indagou a todos o que havia acontecido para tantas ovações, e o Vereador Wanderley respondeu, dizendo:


"Foi porque eu bati palmas para matar algumas muriçocas e nada mais."



E mais gargalhadas, que serviram para descontrair o ambiente que se mostrava com uma platéia nervosa.














VEREADORES- FATOS FOLCLÓRICOS- A CAMBADA


02- Certa vez estava proferindo palestra num Encontro Estadual de Vereadores de Pernambuco, na cidade d Surubim, e quando abri espaço para a formulação de perguntas, franqueando a palavra, um Vereador a solicitou imediatamente. Ele encontrava-se vestido decentemente com um terno muito brilhante e enxadrezado, e na época havia um personagem de novela da Globo, folclórico ("Mário Fofoca")que também assim trajava., o que já foi um começo de riso de seus colegas Vereadores que se encontravam no conclave estadual.


E passando a palavra ao dito Vereador, que salve engano era de um Município da Mata Norte, este assim iniciou a sua intervenção:


" Aproveitando a presença dessa cambada de Vereadores, quero aqui lançar o meu protesto contra a Polícia Rodoviária Estadual que parou o meu carro quando vinha para este Congresso e não respeitou a minha Carteira de Vereador. Eu quero uma providência contra esse abuso da Polícia."


Quase que o dito Vereador não consegue falar com tantas gargalhadas dos colegas participantes, notadamente quando ele que estava 'aproveitando a presença dessa cambada de Vereadores". Eu fiz um sforço danado para não rir também, com o Juiz de Direito da Comarca ao meu lado, também rindo, e por último chega até onde eu estava, na Mesa principal, pois era palestrante, o Vereador João Teobaldo, de Nazaré da Mata, que cochicha ao meu ouvido dizendo:


"Ri rapaz, ri. Eu pensei que ele ia dizer: "aproveitando essa cambada de cabras safados." E não deu outra, eu quase não conseguia terminar a palestra, rindo.

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- NEM A FAVOR...

Objetivando registrar fatos curiosos e até folclóricos ocorridos durante os longos períodos em que convivo por força do meu tabalho como Técnico em Assessoria Legislativa Municipal à diversas Câmaras de Vereadores, e como Vereador que fui por duas Legislaturas no Município do Brejoda Madre de Deus-PE, ainda como Secretário de Prefeituras e Câmaras, bem como simples pesquisador de História Municipal, com alguns livros publicados, achei por bem registrar com fidelidade vários acontecimentos que presenciei e que me foram relatados, recorrendo ainda à memória e anotações que fiz, e que não visam ridicularizar ou menoscabar modestos e incultos homens públicos, que normalmente são pessoas honestas e se expressam como sabem, mesmo quue determinadas expressões verbais e físicas quando no desempenho de suas funções legiferantes, não sejam condizentes com a postura do procedimento regimental e político. São fatos que embora verdadeiros, tonam-se folclóricos. Vejamos pois:
01- Certa vez na Câmara Municipal de Panelas, Pernambuco, se encontrava reunida para apreciação de um polêmico Projeto de Lei enviado pelo Prefeito de então, isto há anos passados, sendo o então Presidente da Câmara o Sr. Martiniano Rufino d Mello e Silva (já falecido e que foi líder político naquele Município por várias décadas) submetendo tal Projeto de Lei à votação dos seus pares, assim se expressou:
"Quem for favorável a aprovação do Projeto fique sentado e quem for contrário, por favor, fique em pé".
Dois Vereadores ficaram em pé, votando contra a aaprovação do Projeto, no entanto um Vereador se dirigiu à Mesa onde se encontrava sentado o Presidente da Câmara e colocou a sua cabeça sobre a Mesa e se curvou.
Diante àquele gesto inesperado e inédito, o Presidente indagou em voz alta:
"Compadre "do Ó", o que significa isto?"
E o Vereador Sr. "do Ó", que era conhecido pelo sobrenome, respondeu:
"Compadre, significa que não estou nem a favor e nem contra".
Foram risos que não acabam mais de todos os Vereadores e pessoas presentes.

terça-feira, 28 de julho de 2009

DADOS PESSOAIS DO ENTÃO BARÃO DE BUÍQUE

O Barão de Buíque, também chamado por "Barão do Poço", face a denominação de sua residência na "Fazenda Pço" de sua propriedade, chamava-se FRANCISCO ALVES CAVALCANTI CAMBOIM.
Era Coronel da Guarda Nacional, além de haver exercido importantes funções públicas durante p período onárquico no Brasil.
Filho de Francisco Alves da Silva e de Leonarda Arcoverde Cavalcanti de Albuquerque. Pelo lado materno era neto do Capitão André Arcoverde e de Úrsula Gerônimo Cavalcanti de Albuquerque. (1)
Foi o Coronel Francisco Alves Cavalcanti Camboim, agraciado pelo Imperador Pedro II com o título de Barão de Buíque, pelos relevantes serviços prestados ao Império, por Decreto Imperial de 17 de maio de 1871. O Barão de Buíque era natural do Município do Brejo da Madre de Deus, tendo nascido na "Fazenda Poço" naquela época situada no Município do Brejo, no ano de 1808, e falecido às cinco (5) horas da manhã do dia 2 de fevereiro de 1896, na mesma "Fazenda Poço" onde nasceu, com a avançada idade de 88 anos.
O Brão de Buíque foi casado com a prima Anna Olímpia de Siqueira Cavalcanti *2, filha do Coronel Lourenço Bezerra de Siqueira Cavalcanti, neta paterna do Capitão Joaquim Inácio de Siqueira e bisneta do Mestre-de-Campo Pantaleão de Siqueira Barbosa.
Do casal nasceram os seguintes filhos:
1)- Anna Alves Cavalcanti Cambim;
2)- Francisco Alves Cavalcanti Camboim Filho;
3)- André Alves Cavalcanti Camboim;
4)- Clara Alves Cavalcanti Camboim;
5)- Cincinato Alves Cavalcanti Camboim.
Dos cinco filhos do Barão de Buíque, apenas a filha chamada Anna casou, tendo os demais falecidossolteiros.
Anna Camboim contraiu núpcias com o Dr. Manoel Albuquerque Machado, este natural do Rio Grande do Norte, formado em Direito pela Faculdade de Olinda, tendo orrido no Brejo da Madre de Deus com apenas 25 anos de idade, atacado que foi pela terrível doença "Cólera" que dizimou preciosas vidas. O casal deixou somente um filho que teve o nome de Manoel Machado de Albuquerque Camboim, e foi criado peloavÔ (Barão de Buíque) que lhe chamava pelo nome "Camboeim" e por outros familiares de "Machadinho".
(*1) - Quem primeiro teve os nomes dos avós do Barão de Buíqu, foi o Dr. Orlando Marques Cavalcanti de Albuquerque, profundo estudioso de geneologia em Pernambuco e no Nordeste.
(*2) - Anna Olímpia de Siqueira Cavalcanti foi pedida en casamento pelo jovem Francisco Cavalcanti (depois Barão de Buíque) quando este contava com a idade de 20 anos e a sua pretensa noiva, apenas com seis meses de vida em plena gestação, cujocasamnto veio a ocorrer 12 anos após, isto é, Anna Olímpia com 13 anos incompletos e ele com 32 anos de idade.

O Comendador Orlando Cavalcanti


ORLANDO MARQUES CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE nasceu no dia 15 de outubro de 1919 na casa de nº 285 da Rua Visconde de Goiana. Morreu no dia 12 de setembro de 1984 em Olinda. Bacharel em Letras em 1936, pelo Colégio Dr. Pedro Augusto Carneiro Leão, na Rua Barão de São Borja e Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1943 pela Faculdade de Direito do Recife; foi Promotor de Justiça e Juiz de Direito em várias Comarcas do Interior de Pernambuco e, a partir de 1965, Juiz da 11ª Vara Criminal do Recife.

Era casado com dona Risalva Tenório de Albuquerque Cavalcanti. Residiam em Olinda-PE

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Carta de um parente do Barão de Buíque




Recebi e fiquei bastante alegre, uma carta cheia de dados históricos sobre a figura memorável do Barão de Buíque, e então Comandante da Guarda Nacional de Cimbres e primeiro Prefeito constitucional do Município do Brejo da Madre de Deus, Estado de Pernambuco, Coronel Franscisco Alves Cavalcanti Camboim, firmada pelo seu parente Dr. Orlando Marques Cavalcanti de Albuquerque, agora de saudosa memória, e que fora um ilustre pesquisador de História Municipal de Pernambuco, além de Magistrado e genealogista famoso. Era um dos Patronos do Colégio Brasileiro de Geneologia(RJ), ocupando a cadeira de Nº 28. Dr. Orlando Cavalcanti era considerado PAI DA MODERNO GENEOLOGIA PERNAMBUCANA. Nasceu no dia 15 de outubro de 1919 e faleceu no dia 12 de setembro de 1984, com 65 anos. Foi um dos fundadores do Instituto de Geneologia de Pernambuco em 1943 ainda muyito jovem com 24 anos de idade. Escreveu muitos artigos, livros, crônicas, publicou verbetes genealógicos, além de incontáveis trabalhos nas revistas ANUÁRIO GENEALÓGICO LATINO, ANUÁRIO GENEALÓGICO BRASILEIRO e REVISTA GENEALÓGICA LATINA.
Foi membro do Instituto Arqueológico, Histórico e geográfico de Pernambuco, dos Institutos Históricos da Bahia, São Paulo, Ceará e Pará, do Instituto Genealógico Brasileiro e do Colégio Brasileiro de Geneologia, onde era Patrono ocupando a Cadeira Nº 28.

Eis a íntegra da missiva que dele, com muita honra recebi:

"Olinda, 13 de julho de 1980

Mui distinto Newton Thaumaturgo

Saúde e prosperidade.

Dou em meu poder sua atenciosa carta de 30 de junho último, que agradeço, comento e precariamente respondo.

É verdadeira a afirmação de Yonne Cossta e do Dr. Sílvio Paes Barreto de que tenho a máxima satisfação em atender a pedidos de esclarecimentos genealógicos ao meu alcance. Havendo atingido os sessenta anos de idade, conto quarenta de pesquisas levadas a efeito em fontes diretas, com austeridade e carinho. Mal sucedido com ser solícito vendo notas mnhas divulgadas sem indicação de procedência, e não raro deturpadas, nem por isso deixarei de servir, prestando o modesto concurso de que seja capaz, a quem dele necessite.

A Yonne já me falara a seu respeito, por telefone. Colocarei o meu arquivo à sua disposição, em Gravatá, na primeira oportunidade, o que só não pode ser feito de imediato pela simples razão de há cerca de um mês venho procedendo a mudança do mesmo - e a minha própria mudança - para uma granja que possuo naquela cidade, Trabalhando ao longo da existência sem auxílio de esécie alguma e pessoa alguma, não pude jamais emprestar ao material coligido a sistematização que seria de desejar, mas vou conseguindo movimentar-me dentro de tal acervo, ora parado, ora reunindo papéis.

Longe de organizar propriamente, logo que haja "arrumado a papelaria" e posto à mão subsídios que mais pareça virem a ser do seu interesse, terei muito gosto em atender ao seu apelo, desde que disponha das notícias deprecadas. Combinaremos algo a respeito. Através de nossa correspondência, ou mediante encontro pessoal, imagino satisfazer ao questionário proposto, ao menos em parte, sem ônus e sem restrição de qualquer natureza. Peço-lhe não ter para comigo cerimônia, eis que sou talvez excessivamente informal junto a todas as pessoas, do engraxate ao Papa.

Folgo em saber de seus progressos quanto à personalidade do repetidas vezes meu primo-avô Barão de Buíque, título que estava paraser concedido ao meu ^bisavô José Marques de Albuquerque Cavalcanti quando este foi vitimado pelo 2º Colera-morbus (1862), em Buíque. Com a morte do Barão de Atalaia, do nosso ramo genealógico, parentes quiseram fosse escolhido um novo Barão na família, tendo o consenso apontado o expressivo nome de José Marques a fim de ser levado à consideração de seu consanguíneo (primo de seu pai) o Marquês de Olinda. Encaminhado o apelo, falece o vulto em objetiva. Cogitou-se, depois, de outro nome, que teria simpatias do Conselheiro João Alfredo: Antônio Francisco de Albuquerque Cavalcanti Budá ( que esta era a sua assinatura), pai do Cardeal Arcoverde. Mas Budá faleceu em 1870: sua filha e minha grande amiga D. Maria Cavalcanti Pires dizia que o pai, ao morrer, estava realmente para ser agraciado com a carta de Barão. Mais feliz em relação ao título infelizFrancisco Alves Cavalcanti Camboim é finalmente o nobre em expectativa, que antes e acima de nobre, era fidalgo: parece nao foi ditoso, pois viveu perseguido pela àstma e morreu pobre.

Ainda lhe falarei sobre o homem Camboim, amigo dedicado, parente magnífico - dando-lhe, então, a versão que logrei recolher sobre esse nome . Até certa idade chamava-se Francisco Alves Cavalcanti de Albuquerque: seu pai, Alferes Francisco Alves da Silva (o Alferes do Poço), assim o expressa em documento.

Fui quem primeiro os nomes precisos dos seus avós, e pude estabelecer a sua vinculação completa a Jerônimo de Albuquerque, o Adão Pernambucano. Houve quem utilizasse esses e outros informes...

Acredito que o meu amigo Raul Camboim de Vasconcelos e o Sr. Clóvis Tenório pouco terão a esclarecer, mas a tentativa procede.

Nanú, a Baronesa (Anna Olímpia de Siqueira Cavalcanti, igualmente minha prima-avó diversas vezes), era uma senhora bonita e prendada. Retratos de ambos sairão em livro meu. Caso tenha reprodução deles, mandar-lhe-ei a qualquer momento: se tiver é em tamanho pequeno. Não estranhe se isso ocorrer seguindo retratos, e depois notas, desacompanhados de carta. Ando atribulado com a mudança, e "dande muitas voltas no corpo...".

Apreciei bastante saber que teremos em breve seu trabalho sobre o velho Buíque, um manso de quando havia tantos brabos. Ele merece a homenagem e percebo desde logo estar em boas mãos, certamente em excelentes mãos. Como seuu livro "está praticamente no prelo", talvez não seja possível entregar-lhe uma colaboração de algum valor, ainda que pequeno, ante o fator tempo e em face da circunstância exposta. Mas tentarei.

Escrevi ao correr do teclado, sob a inspiração da verdade.

Abraço-o com apreço.

ORLANDO MARQUS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE


P.S.- permita alertá-lo: cuidado c/genealogias do Agreste e do Sertão..."

Esta Carta foi transcrita para o livro que fiz publicar sobre o "Barão de Buíque - 1808-1896".

História do Brejo teve livro lançado na Assembléia Legislativa de Pernambuco

Clique sobre as fotos para ampliar











A História do Brejo da Madre de Deus já teve três livros publicados, sendo um com o título "O Barão de Buíque- também Barão do Poço", todos de nossa autoria. Já encontram-se concluídos mais quatro volumes no aguardo de publicação, face às dificuldades para tal. Na foto vemos quando fazíamos agradecimentos na solenidade de lançamento do II Volume da História do Brejo que ocorreu em Sessão Solene no recinto do Palácio Joaquim Nabuco (Assembléi Legislativa de Pernambuco- Recife) em 2003, às 19:00 h, contando com as presenças de vários Deputados pernambucanos e grande parte da colônia de brejenses que residem e trabalham no Recife. Graças a amizade do Bacharel Edmlson Cordeiro junto ao competente Deputado Antônio Moraes e sua Assessoria que esse acontecimento ficou marcado nos Anais do Poder Legislativo de Pernambuco.