Quando nós posuímos valores positivos superiores aos atos que praticamos, ou comportamentos negativos no decorrer, não de um período em especial, mas no contexto de toda uma trajetória de vida, nada mais justo do que homenagear ou ser homenageado, quer por familiares, quer por amigos, e as vzes até por pessoas que não comungaram ou que não aceitam os conceitos emitidos sobre nós, tanto como pessoa humana, quanto como ser social na plenitude mais ampla possível.
Entendemos, pois, que os defeitos ou falhas que o ser humano detém ou pratica por natureza, desaparecem com a racionalização dos atos bons, isto em qualquer campo de atividade da pessoa humana, daí a indagação: "quem, como pessoa humana nunca pecou?", até se diz filosoficamente, que " errar é humano, mas permanencer no erro é burrice."
O Município do Brejo da Madre de Deus situadono Agreste pernambucano, e que nos primórdios de sua consituição era considerado como fazendo parte da Zona Fisiográfica chamada Sertão, tem sido berço de filhos notáveis, nos mais distintos setores de atividades, registrando-se competentes Professores, Médicos, Padres, Advogados, Políticos, Comerciantes, Músicos, Poetas, Agricultores, Pecuaristas, Atores e Atrizes, etc.
Mas vamos nos referir à figura de um brejense nascido na Zona Rural do Brejo da Madre de Deus, mais precisamente no lugar denominado "Sítio Teixeira", chamado ISMAEL CORDEIRO DE MELLO , com o cognome carinhoso de "Maia", onde residiu durante a sua infância com os seus pais, cujo genitor era proprietário ali, e Oficial da Guarda Nacional do Brejo, o legendário Capitão Frederico Cordeiro de Mello.
Teve uma educação rígida do genitor, não só pelas contigências de uma época onde o respeito aos idosos e família, era como um mandamento religioso, e daí a formação de caráter invejável, a responsabilidade com o trabalho cotidiano, com o estudo e a atividade social do universo onde vivia.
Tornava-se até estranho para outras pessoas, quamdo "Maia" (Ismael) cumprimentava os seus irmãos Enoch e Misael ("Mila"), com o tramento de "senhor", ou seja, ao encontrá-los (e vice-versa), dizia: "Bom dia, Sêo Enoch! ou "Bom dia, Sêo Mila". E eles respondia da mesma forma. Foi assim que o seu pai educou os filhos.
Muito inteligente e tendo estudado com bons professores públicos e particulares no Brejo de outr'ora, Maia destacou-se por passar a integrar funções públicas ligadas à cultura intelectual como autodidata, gostando do dom da oratória, do discurso político e social, da declamação poética, e posteriormente. como Assessor Administrativo junto à Prefeitura local, cujo então Prefeito a ajudor a eleger; depois como Escrivão da Delegacia de Polícia, que naquela época na grande maioria era ocupada por Delegado pouco alfabetizado, nomeado sem concursdo público, sempre um Militar da Polícia de Pernambuco indicado pelo Chefe Político que nada entendia da elaboração de inquérito policial, com raras exceções, e Maia era quem conduzia esses processos, sempre atencioso, respeitoso e justo, pois não se tem conhecimento de que alguém tenha sido por ele prejudicado nesse sentido. Maia além de inteligente, preparado nas funções que exercia, era notável do Brejo para o então cargo existente, com a nomenclatura de "Advogado dos Presos Pobres".
Outra face de Maia, era a sua alegria espontânea, e a sua convivência social em todas as camadas da então sociedade organizada, que naquela época era preconceituosa, mas que com as mudanças políticas que foram aos poucos sendo implantadas na década de 50 do Século passado, derrotando-se eleitoralmente as ditas elites que há anos e anos detinham o poder político, a situação passou a ser diferente, e as classes média e pobre começaram a participar de várias atividades sociais, políticas e administrativas, adotando-se até o sistema de mutirão para a realização de obras que o Município (Prefeitura) não dispunha de recursos para fazer. E Mai sempre presente, e o interessante que nuca quís ser candidato a nada. Sempre ajudando a outros amigos e correligionários.
Era público e notório no Brejo da Madre de Deus: nas comemorações dos festojos juninos, "Quadrilha de São João" sem ser "marcada" por Maia, não tinha muita graça. Era um exímio marcador e organizador de "Quadrilha" junina.
Maia foi um baluarte nas realizações festivas no Município, quer nas inaugurações de obraas públicas onde faziam discursos vibrantes, que nas coordenações de desfiles cívicos, como 7 de Setembro, Aniversário da Cidade, quer nos atos religiosos (Festa do Padroeiro São José), como por exemplo a sua presença nas então quermesse ou leilão, onde se vendia as "prendas" ofertadas pelos agricultores e pecuaristas, e povo em geral, num leilão de muita disputa pública para saber que levava a prende, sempre vendida acima do valor real, cuja renda era revertida em favor da Paróquia para as despesas da Festa, onde normalmente convidava-se o Bispo da Diocese e outras autoridades que ficavam hóspedes do Párco local, além de ornamentação da igreja, andor, e fogos de artifícios, etc. Maia sempre se fazia presente ajudando, era um excelente leiloeiro. Sempre esteve participando nas animações dos Pastorís Infantís beneficentes, como apresentador. E foi por tudo isto que o então e sapeinte Párco do Brejo, Cônego Antônio Duarte Cavalcanti, de saudosa memória, referindo-se à pessoa e ao trabalho de Maia, certa vez disse: "Maia é o homem dos sete instrumentos", aludindo às diversas atividades por ele Maia exercidas. Foi carpinteiro e pedreiro (construtor de casas) das melhores; artesão qualificado na confecçaõ de objetos de madeira, Mestre de Cerimônia, Agrimensor, e até letrista, isto é, colocava letras nas músicas políticas do seu candidato à Prefeito daquela época no Brejo da Madre de Deus.
São inúmeras as participações de Maia no contexto social, político, cultural e religioso, e muitas dessas participações deixam de ser registradas porque para que se pudesse fazer isto com mais precisão, teria que ser feito um trabalho de pesquisa intenso, ouvindo depoimentos e mais depoimentos, e certamente se aumentaria a participação de Maia no dia a dia do citado Município.
Enfim, Maia não foi somente bom amigo, foi um grande admirador da sua terra e da sua gente. Merece os melhores encômios.
Este é o meu depoimento e homenagem que presto a um hoem que amava o Brejo da Madre de Deus, e que foi um descendente do português André Cordeiro, tido pelas antigos moradores como o povoador primeiro do Município, e se ter fixado no lugar denominado "Tabocas", pela existência de imenso tabocal alí (planta da família das gramíneas), onde também existe caudaloso riacho que até é chamado de "rio Tabocas", forte afluente do rio Capibaribe, deixando patente a sua presença e participa~/ao na vida agropecuária e político-social do Brejo, face à existência em tempos passados dos inúmeros descendentes do aludido lugar e adjacências, além dessa presença "dos Cordeiros" nos Povoados, Vilas e Cidades circunvizinhas, na maioria outr'ora jurisdicionadas à Comarca do Brejo, criada no ano de 1833, ou então à jurisção eclesiástica, cuja Freguesia de São José data de 1797 e com instalação em 1779.
A origem da FAMÍLIA CORDEIRO, de uma linhagem muito antiga, vem das Astúrias, 2º Distrito da Espanha, oriunda da Família Antares, expandindo-se por Portugal e posteriormente pelo Brasil, e ainda hoje com importantes personalidades dessa antiga árvore genealógica.
Para tirar-se uma melhor ilação, basta verificar a participação de membros da Família na antiga Comarca do Brejo da Madre de Deus, nos mais distintos setores da sua vida político-social e religiosa-cultural, a exemplo da Guerra do Paraguai onde o Capitão JOAQUIM CORDEIRO FALCÃO foi agraciado com Comenda Imperial pela sua efetiva e corajosa participação nos campos de batalhas. (extraído do livro "História do Brejo da Madre de Deus", Vol. II, de nossa autoria, publicado em 2003, no Plenário da Assembéia Legislativa de Pernambuco, patrocinado pelo Bel. Ademilson de Menezes Cordeiro, filho do homenageado).
sou neto de maia e deo,sou filho de Benildes menezes cordeiro,tenhu orgulho em ser neto do Sr.Ismael Cordeiro de Melo.
ResponderExcluirTambém sou neta de Sr. Maia e D. Déo. E também sou filha de Benildes. E assim como o meu irmão - Junior, tenho muito orgulho dos meus avós. Gostaria muuito de ter conhecido e convivido, mas infelizmente não deu. E ter que se conformar em apenas ouvir as histórias incríveis e fascinantes, é difícil. Mas eu sei que eles estão num lugar muito melhor que o nosso e mais que isso estarão sempre em meu coração.
ResponderExcluirSou Adeilson, segundo filho de Seu Maia e Deo, sou um filho orgulhoso do meu pai. homam simples, porem fascinante, honesto, amigo leal, multifacetado, sempre pronto a servir os pobres, sempre ajudando, servindo por amor sem interesses,sou testemunha do seu carater, me educou com a mais importante liçao , o exemplo.
ResponderExcluirMe chamo Ismael,sou o quinto filho desta uniao dele herdei o nome, motivo de orgulho para mim,
ResponderExcluirseria o homem mais feliz da terra se herdasse dele,a genialidade, a mente brilhante,inteligencia muito acima da media.Advogado brilhante, de raras habilidades,amavel,tantas qualidades, que superam seus poucos defeitos.E um daqueles homens que foram feitos sem direito a copia.
Sou filha do casal. convivi 26 anos com eles. Minha mãe com sua singularidade e meu velho pai com sua marca registrada: a inteligência brilhante de um herói intermunicipal. Deixaram uma herdade de amor, abnegação, afeto e princípios simples ,fundamental para nossas vidas. Somos uma família feliz por tê-los como pais que foram, que é, que sempre vai ser Dona Déo e Seu Maia, eternos companheiros.
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