Velório de Mário Menezes no Plenário da Câmara de Caruaru onde já havia sido Vereador
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Obs.: imagine a festa de hoje a noite na lá no Céu com a chegada de Mário Menezes e o encontro desses seus amigos.
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Neste dia 21 de janeiro de 2009, Caruaru perdeu a convivência física de um grande ser humano por excelência: MÁRIO MENEZES.
Pranteado em velório no Plenário da "Casa José Carlos Florêncio", Patrono da Câmara Municipal de Caruaru, e sepultado nesta sexta-feira 22, cuja "Monografia" publicada em pequenbo livro, foi da autoria do próprio Mário Menezes.
Mário Menezes não foi só o Diretor Financeiro da Fafica e do Colégio Diocesano, foi muito mais. Foi conselheiro político de muita gente hoje importante em Caruaru. Foi organizador e apresentador dos álbuns "Caruaru Antiga", I, II e III, narrando em legendas com fotos, páginas históricas desta terra. E no final da "Monografia do Patrono", de sua lavra, às páginas 81/82, fez uma saudação ao amigo Chico Porto,quando este faleceu, assim redigida:
"Caruaru, 13 de agosto de 1983
Meu irmão:
Chico Porto morreu! Ontem, às 14 horas. A cidade anoiteceu mais triste. E pobre também! Com ele se vai uma das mais caras tradições de Caruaru. A noite está mais órfã. Zé Carlos, Aristides, João Belmiro, Altair Porto e agora o nosso Chico. Mas fiquei muito feliz, hoje, no enterro, pois senti que a nossa cidade não está de todo insensível! Foi uma consagração ao boêmio, ao orador popular, ao homem bom que ele foi. O corpo saiu da Câmara Municipal no carro de bombeiros. Os estandartes de Cacho de Côco, Zé de Nei, Vassourinhas, Motoristas, Cambinda Nova, Bloco da Rua da Matriz, arrodeavam-no. Á frente do carro fúnebre a Banda de Música Nova Euterpe e atrás o povão. Só não concordei com um detalhe: na Rua da Matriz em frente à casa em que morou, a Nova Euterpe tocou uma marcha fúnebre. O certo teria sido um frevo. Vassourinhas, pois Chico não era homem de tristezas. Só faltou uma coisa, meu irmão, Chico Porto fazendo o discurso em homenagem ao morto. Os mortos de Caruaru d'agora em diante estarão desamparados, pois o seu maior orador se foi. E se não falou na Câmara Municipal, tampouco se ouvia o seu clássico "Senhores" à beira do túmulo. Foi a primeira vez que Chico não falou! E é muito triste, isso, meu irmão!
Mas ontem mesmo visualizei a sua chegada no Céu. Como a Preta Velha de Manoel Bandeira: "Dá licença, seu moço?". E sabe o que aconteceu, meu irmão? Numa nuvem bem branca sentaram-se Zé Carlos, Aristides, João Belmiro, Altair Porto, João Borges, ávidos de notícias daqui, cada um com o copo de cerveja na mão e mais geladinha pra Chico que era o dono das novidades. Beberam a noite toda e o que é melhor, sem ninguém pagar a conta, porque Céu é Céu! Quem sofreu foi Cacho de Côco que teve de passar todo tempo desfilando com o Bloco "Sou Eu o Teu Amor" prá que Chico também matasse as saudades...
E se lhe cair alguma lata ou garrafa de cerveja vinda do Céu pode ficar certo, meu irmão, que a mesa já não cabe mais e eles estão sacudindo fora os cascos vazios...
Um abraço do, Mário."
Obs.: imagine a festa de hoje a noite na lá no Céu com a chegada de Mário Menezes e o encontro desses seus amigos.
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