quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CARTA DE DOAÇÃO DE SESMARIA DATADA DE 1747




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No Volume II do livro "DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA PERNAMBUCANA- SESMARIA", reedição do livro publicado em 1868, e publicado em 1955 pela Secretaria de Educação e Cultura - Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco, encontramos à página 58, a seguinte Carta de doação de Sesmaria de duas léguas de terra a moradores que viviam no Sertão de Pernambuco, isto no ano de 1747, e o documento em referência diz que as terras doadas margeavam o rio Capibaribe "pegando do riacho Tabocas". O que nos chama a atenção é que no Brejo da Madre de Deus antigamente considerado como da região do Sertão, nasce o rio Capibaribe na Lagoa do Angú, hoje do Município de Poção, mas na citada época pertencente ao Brejo da Madre de Deus, bem como o riacho chamado "Tabocas" que deságua no rio Capibaribe na confluência da Vila de São Domingos(4º Ditstrito do Brejo) e a atual cidade de Santa Cruz do Capibaribe, cujo limite territorial ocorre com uma ponte entre as ditas localidades. De um lado Brejo da Madre de Deus, atravessando a ponte sobre o rio Capibaribe, o Município de Santa Cruz do Capibaribe. Tudo isto torna-se normal se não fosse a fundamentação que esposei de que antes da presença dos Padres da Congregação de São Felipe de Nery no ano de 1751 e depois em 1752 para onde hoje se situa a cidade do Brejo da Madre de Deus, já existia a denominação de "riacho Tabocas" pelo extenso tabocal que alí existia, onde residia o português André Cordeiro e sua família e escravos(segundo registro oficial do IBGE), que passaram a cultivar a cana de açúcar, e engenho, sendo consequentemente o fundador do Município, e não da cidade, pois antes da cidade existir como povoação, a localidade "Tabocas" já existia como povoada, basta se verificar que a Sesmaria a que nos referimos é de 1747, e os Recoletas da Madre de Deus chegaram onde se situa a cidade do Brejo em 1752.


Eis a transcrição do mencionado documento: (Sic!)


" Carta de doação de Sesmaria de duas legoas de terra do Pe. Francisco Glz. Carneiro e Mel. de Souza=


Dom Marcos de Noronha, do Conselho de S.M. Governador e Capitão General de Pernambuco e mais capitanias annexas etc. Faço saber aos que esta Carta de sismaria virem que p.r parte - Dizem Francisco Glz. Carneiro Sacerdote do habito de S, Pedro e Manoel de Souza, moradores no certão de Capibaribe distante desta Praça quarenta legoas q.`pelo dito rio Capibaribe abaixo, correndo p.a o mar pegando do riacho Tabocas da p.te do sul até intestar com terras de Amaro Ferreira Barboza, se achão duas legoas de terra de comprimento de largura devolutas e desaproveitadas as quaes querem os supplicantes haverem p.r sismaria, dando-lhe cinco annos mortos p.a dentro delles as povoarem e fabricarem para criarem seos gados o que faz a bem do dizimo reaes e passados estes serem obrigados a pagar o foro q.` se arbitrar segundo as ordens de S,M. conforme a bond.e e qualid.e da terra, em cujos termos - Pedem a V.Exa. seja servido mandar-lhe passar dita sesmaria com as clausulas q.`dito tem fazendo-se as deligencias necessarias para o dito fim - ERM - Informe o Porv.ºr da Fazenda real. R.e 22 de Fevereiro de 1747=Rubrica=

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