O Sr. Álvaro Cavalcante, então sogro do comerciante José de Souza Calado, era um homem educado e muito inteligente. Gostava de pescar com anzol, de atirar ao vôo em caças e de fazer lindas poesias. Era um poeta de mancheia, e fazia um Soneto com tanta facilidade, como quem colocava uma isca no anzol quando ia fisgar pequenos peixes nos rios, riachos ou açudes situados no Brejo da Madre de Deus.
Dentre as várias poesias que fizera, "Sêo Álvaro" como era conhecido, fez uma intitulada
"CIDADE DO BREJO
"Subindo a Serra---a Prata e galgando a chapada.
Com o fito de gozar toda a beleza tua...
Veio a névoa e caiu... a névoa enciumada,
Evitando eu te olhar inteiramente nua...
O plenilúnio além, por trás da matarada,
Já iluminava o Céu, fiquei pra ver a lua;
Logo a névoa se foi e a Lua camarada
estendeu seu lençol de prata em toda a Rua!
Deitada eternamente em teu berço vermelho...
A clarão de luar, mirando-te no espelho
Da Serra branca, em frente erguida majestosa.
Do homem e da natureza, és tu, cidade, o esmero
Brejo da Madre de Deus, te quero muito...quero
Dizer-te, mas não posso o quanto és formosa!."
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