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Embora não represente novidade nenhuma para muita gente que tem atividade política partidária, inúmeras são as pessoas que equivocadamente pensam que os "Coronéis" da Política municipal não mais existem no Nordeste brasileiro, e mesmo em outras regiões do País. O que foi modificada foi a denominação da "patente", psssando de "Coronel" para "Chefe" e para os mais delicados para "Meu Líder".
Vários são os Municípios nordestinos, especialmente, que continuam sendo "governados" por "Chefes" e "Líderes" locais, ou seja, pelos então "Coronéis" dos mais diversos e sempre vaidosos e prepotentes, e normalmente detentor do Poder Econômico no Município, quer usineiro, fazendeiro, alto comerciante, latifundiário, e com elevada "guarda" de segurança, outrora chamada de "capangas" contratados, ou ainda "Leão de Chácara". São os autênticos "Coronéis" disfarçados que mandam e desmandam nas comunidades onde imperam como orientadores políticos partidários, ou patrióticos "filhos da terra."
Existem Municípios em Pernambuco, por exemplo, onde os Partidos Políticos são meras agremiações que servem apenas de respaldo legal para registro dos candidatos que rezam em cartilhas do "Patrão", nunca porém, em consonância com a vontade dos seguidores políticos, ou com a realidade das comunas onde vivem e labutam por melhorias mais justas e democráticas. São os chamados problemas locais. Existem até aqueles que indagados a qual facção política gostariam de pertencer conforme a sua ideologia ou simpatia pelo Programa do Partido, e respondem: "Em qualquer uma contanto que seja a do "Chefe" (fulano de tal...), esse "Chefe" tanto pode ser o Prefeito do Município ou o seu opositor.
Se for feita por qualquer pessoa, uma indagação a um Vereador do Nordeste, especialmente, qual a sua conduta política no Município, responde que é "Vereador do Prefeito" ou "Vereador contra o Prefeito". Nunca dizem sou Vereador do Município tal, e voto de acordo com a minha consciência. Cerca de 90% agem assim. Quando um Projeto é submetido à apreciação do Plenário, já se sabe o resultado. Se o Prefeito tiver maioria na Câmara está aprovado, se não tiver é derrotado, e só é aprovado quando é "acertado" previamente, isto em troca de qualquer outro interesse administrativo, e as vezes pessoais. E vejam bem, quase todos os "Chefes" indicam aos Partidos que dominam, seus parentes para postularem os principais cargos eletivos. Os "Coronéis" da Política municipalista brasileira não "morreram", apenas estão com novos nomes, e as atitudes ditatoriais disfarçadas permanecem.
No meio das figuras dos "Coronéis Políticos", colocamos uma que foi de um "Coroné" do humor, pelo fato de ser o mesmo uma sátira ao coronelismo noredestino, especialmente, valendo ressaltar que muitos desses "Coronéis" foram também Coronéis honorários e notadamente Coronéis legais integrante da famosa GUARDA NACIONAL DO BRASIL. Na Sessão de 9 de maio de 1831 é apresentado ao Parlamento Imperial um Projeto de Lei, criando a GUARDA NACIONAL. A 9 de junho, o Projeto sob o título "REGULAMENTO DAS GUARDAS NACIONAIS DO IMPÉRIO DO BRASIL" é votado na Câmara dos Deputados. Na tarde de 14 de junho é aprovado. A 18 de agosto é convertido em Lei.
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