terça-feira, 24 de abril de 2012
BARÃO DE BÚIQUE -4-
O ÍNDIO ALFABETIZADO
O índio que sabe ler é muito diferente do analfabeto. Afinal, os índios podiam achar-se em outro estado se não fossem tratados com tanto indiferentismo. Os Diretores aproveitam-se da sua ignorância para os empregar em seus serviços, os deixam de tomar por eles interesses. Não há um sistema de arrecadação regular de suas rendas, é feito pelos diretores que lhes dão o destina que lhes parecer. Entretanto morrem os índios à míngua sem socorro algum do seu diretor!
Enfim, dizia o mesmo funcionário em ofício de 25 de outubro de 1871:
" Hoje há uma Cruzada levantada contra as Aldeias, e tudo pela liberdade de suas terras, que desafiam a cobiça dos que habitam em suas imediações. Em outros tempos, quando havia terras incultas, e as estações corriam mais regulares, não se levantavam os clamares que ora se levatam contra essses infelizes, cujos maus instintos são devidos ao abandono em que têm jazido. Não há um Sacerote encarregado de sua educação moral e religiosa, não há um mestre que lhes ensine as primeiras letras o que se quer de homens verdadeiramente selvagens?"
E Pereira da Costa, depois de tão bela defesa feita pelo então Diretor Geral dos Índios da Província de Pernambuco, o então Coronel da Guarda Nacional e depois Barão de BUíque, Francisco Alves Cavalcanti Camboim, finaliza dizendo:
" Venceram, enfim, os potentados algozes dos pobres índios, e desfechara o último golpe, o golpe mortal, um AVISO do Minstério de Agricultura, Conércio e Obras Públicas, que baixou em 27 de março de 1872, mandando extinguir os Aldeiamentos existente em Pernambuco, demorando-se entretanto a sua execuçlão, de modo a ter começo no próximo futuro exercício financeiro do Império."
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