RECOMENDAÇÃO DO GOVERNADOR NÃO FOI CUMPRIDA:
O então Deputado Estadual José Antônio Liberato (Caruaru) foi um amigo nosso e sempre batalhava em tudo aquilo que fosse atinente à cultura e educação, e assim foi com alguns livros que escrevi e fiz publicar, mas no que tange à História do Brejo da Madre de Deus, não logrou êxito, pois, sendo o Governador Marco Maciel descendente de moradores e filhos do Brejo, recomendou EXPRESSAMENTE ao então Diretor da FIAM (Fundação Instituto de Administração Municipal) a publicação do menionado livro, tendo o então Diretor da FIAM, Dr. Aluísio Sales Júnior, cientificado ao Deputado Liberato por telegrama (foto acima) a ordem governamental e este me enviou o original do telegrama dando-nos ciência da decisão. Nada realizado. Lutei, lutei, e somente com sacrifício com recursos próprios consegui publicar o 1º volume e o 2º patrocinado belo brejense que reside em Recife. Bel. Ademilson Cordeiro, restando ainda e já concluídos, mais 4 volumes, que espero publicá-los antes de morrer. Que assim seja. Amém.
Nota: os exemplares foram distribuídos gratuitamente.
Senador Marco Maciel conosco
em Encontro de Vereadores na cidade
de Caruaru-PE Junho/ 2009
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Alípio Magalhães da Silva Porto
("Sinhôzinho) aos 25 anos de idade
Dentre os filhos ilustres, do não menos importante Município do Brejo da Madre de Deus-PE, podemos ressaltar a figura humana, honesta e inteligente de ALÍPIO MAGALHÃES DA SILVA PORTO, (de saudosa memória) mais conhecido em Brejo como "Sinhôzinho da Farmácia", ou ainda por alguns moradores mais antigos por "Major Sinhôzinho", embora não fosse ele portador dessa patente, outrora concedida pela célebre Guarda Nacional, uma das mais honrosas organizações militares já existentes no Brasil.
Alípio Magalhães nasceu na cidade do Brejo da Madre de Deus, Pernambuco, no dia 14 de agosto de 1889, a poucos dias da Proclamação da República, embora ainda no regime imperial, e faleceu com a idade de 97 anos. Era filho de Alfredo Magalhães da Silva Porto que nasceu no dia 21 de janeiro de 1863 e ocupou diversos cargos públicos no Brejo, inclusive o de Suplente de Juiz Municipal no Governo do Capitão Dr. Alexandre Barbosa Lima. Foi ainda o pai de Sinhôzinho, Prefeito do Brejo da Madre de Deus no ano de 1913, e comerciante durante meio século.
A mãe de Alípio Magalhães era dona Francisca Augusta Maciel Porto, parenta bem próxima do marido, ambos descendentes do português radicado no Brejo no último quartel do Século XVIII, chamado José do Rêgo Couto, que além de muito de muito rico era político e detentor de uma patente da Guarda Nacional, na categoria de Coronel. Dona Francisca Augusta Maciel nasceu no dia 2 de setembro de 1873, mais nova do que o esposo dez anos. O avô paterno de Sinhôzinho era Antônio Magalhães da Silva Porto, filho de José Magalhães da Silva Porto, e neto do português José do Rêgo Couto. O avô materno de Sinhôzinho era Geminiano do Rêgo Maciel, nascido no Brejo da Madre de Deus, filho do rico fazendeiro o português José do Rêgo Couto. Geminiano do Rêgo Maciel, que era casado com dona Maria Augusta César Maciel, que por sua vez era filha de Mathias Soares de Almeida, que serviu por muitos anos como Tabelião Público no Brejo. Maria Augusta César Maciel era irmã do famoso Maestro Thomaz de Aquino Maciel, também brejense, inclusive é nome de Rua na cidade do Brejo da Madre de Deus.
A mãe de Sinhôzinho (Alípio Magalhães da Silva Porto) era filha de Geminiano do Rêgo Maciel e de Maria Augusta César Maciel, chamava-se Francisca Augusta do Rêgo Maciel Porto.
Geminiano do Rêgo Maciel, avô materno de Sinhôzinho, foi também figura importante do Brejo, tendo falecido com a avançada idade de 91 anos. O pai de Sinhôzinho, Alfredo Magalhães da Silva Porto faleceu no dia 6 de novembro de 1922, com apenas 59 anos de idade, já casado em segundo núpcias com Oliva Maciel. Foi Prefeito do Brejo da Madre de Deus.
Verifica-se assim, o grande grau de parentesco existente e até comum na época, adotado pelas famílias feudais. Tanto é que o avô paterno de Sinhôzinho chamado Antônio Magalhães da Silva Porto era neto do português José do Rêgo Couto, e o avô materno do mesmo era filho de José do Rêgo Couto, que era Geminiano do Rêgo Maciel, casado com dona Maria Augusta César Maciel.
Inúmeras famílias ilustres do Sertão e do Agreste de Pernambuco, descendem do português José do Rêgo Couto, e tanto é verdade, que uma série de Magistrados, Médicos, Advogados, Comerciantes e Políticos, estão ligados direta ou indiretamente ao citado luzitano, e o atual Senador da República e ex-Governador de Pernambuco Dr. Marco Antônio de Oliveira Maciel é descendente do dito português, embora em grau menor do que o de Alípio Magalhães da Silva Porto-Sinhôzinho, tendo em vista que o avô do Senador e ex-Governador Marco Maciel, era neto de José do Rêgo Couto, na seguinte ordem genealógica:
JOSÉ DO RÊGO COUTO, entre outros, foi pai de:
THOMAZ DO RÊGO MACIEL, que entre outros foi pai de:
FREDERICO ALVES DO RÊGO MACIEL, que casou com Maria Eulália Falcão, tendo sido pai entre outros de:
JOSÉ DO RÊGO MACIEL, que foi entre outros pai de:
MARCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA MACIEL.
Houve grande entrelaçamento entre as famílias Rêgo Couto, Maciel, Cordeiro, Oliveira Melo, Muniz Falcão, Marinho, Araújo, Magalhães, Cavalcanti, Amaral, Carvalho, Campos, Tavares e Santos; todavia, originados de portuguêses radicados no Brejo da Madre de Deus durante os Séculos XVIII e XIX, e seus descendentes transferidos para Cimbres, Pesqueira Garanhuns, enfim, para todo o Agreste e Sertão da então Província de Pernambuco. É muito difícil encontrar-se uma pessoa dessas famílias que não esteja ligada ao Brejo da Madre de Deus. Basta apenas pesquisar.
Mas voltando à vida e à atividade do bisneto do português José do Rêgo Couto, que é entre outros, Alípio Magalhães da Silva Porto - Sinhôzinho, que viveu 97 anos bem vividos e bem sofridos, ao atingir a sua maioridade, isto é, seus 18 anos no ano de 1907, foi convidado por um tio chamado Augusto Magalhães da Silva Porto, que o estimava como a um filho, e que residia na Cidade do Recife, a fim de que o sobrinho instalasse uma Fábrico de Cigarros na Capital. Aceitando o convite, Sinhôzinho seguiu para o Recife de imediato, e na Rua das Torres, primeiro Bairro do Recife, no nº 1, se estabeleceu com uma Fábrica de Cigarros, havendo quem diga que a fábrica ficava na Rua Lomas Valentina, nº 44. A Fábrica era pequena e contava com apenas 12 operários e tinha a seguinte denominação: "A PERNAMBUCANA". Fabricava os cigarros desfiados das marcas "Bandeira Portugueza"; "Bandeira Brasileira", "Palitos" e outras duas marcas que não nos foi posível identificar. Também era fabricados os cigarros picados da marca "Cativos".
Aconteceu que o fumo alí industrializado expelia um "cheiro" que afetou a saúde de Sinhôzinho, muito jovem ainda e que por sinal não fumava, causando-lhe náuseas e mal-estar diversos, mas mesmo assim para não aborrecer o tio que lhe fazia todos os gostos, suportou até que no mês de agosto de 1908, o seu tio Augusto morreu, tendo ele fechado a fábrica e em setembro do mesmo ano voltado ao Brejo.
Foi aí que o seu pai Alfredo Magalhães, que era comerciante próspero e mascateava na região, o convidou para gerir a sua loja da cidade, o que aceitou plenamente, até o dia 8 de maio do ano de 1915, quando fundou a "Pharmácia Porto", a segunda farmácia do Brejo, pois a primeira fora instalada por José Campos, que também havia sido proprietário no Recife da "Pharmácia Marítima".
Sinhôzinho dirigiu a "Pharmácia Porto" durante 40 anos, deixando-a no ano de 1955 quando a sua saúde não mais lhe permitia. Nos últimos anos de sua existência ficou completamente surdo, o que lhe atribulava demasiadamente. Foi um homem generoso notadamente com os menos favorecidos da sorte. Sua memória deve ser preservada sempre.
gostaria de adquirir os livros que retratam a historia do brejo da madre de deus. cleniocesar82@hotmail.com
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