"Contam as lendas dos antigos chineses que...
Era uma vez que um sábio mandarim em viagem que adormeceu à beira de um bambuzal. Enquanto dormia, chegou um bando de pica-paus que cavaram orifícios de vários tamanhos nas varas de bambu, Como começasse a ventar, o mandarim acordou ouvindo a mais bela das músicas. Para os chineses, teria nascido assim a música.
Contam os gregos que Orfeu, caminhando um dia pela praia, deparou-se com um casco de tartaruga. Esticou sobre ele uma tripa e produziu, assim, um som semelhante ao do nosso violão.
Para os povos de antigamente, todos os dias eram dias de música. Eles cantavam e dançavam em todas as suas cerimônias e em seus trabalhos também. Tudo isso, canto, dança ou ritmo, era dedicado aos deuses para queles favorecessem as colheitas, a pesca, as magias etc.
Nas comunidades tribais não havia feiticeiros que não fosse também músico.
Em todas as regiões do mundo, há vários tipos de música. No Oriente por exemplo, as tradições religiosas ou culturais fizeram com que a música --- pelo menos para nossos ouvidos ocidentais--- não tenha sofrido tantas modificações assim.
Durante a Idade Média (início do Século V até final do Século XV), com o declínio do Império Romano, várias regiões européias foram ocupadas pelos bárbaros, termo que, em grego, significa estrangeiros. Eles tinham hábitos em tudo distintos dos europeus, e ficaram cohecidos como grandes grosseirões, uns mal-educados. A nobreza guerreira bárbara era analfabeta, por exemplo. E a música dos bárbaros era bem do jeito deles: acompanhava, barulhenta, as cenas de combate, as bebedeiras, os caos de amor, as danças ao livre."
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