"Em 26 de setembro de 1936
Sr. Diretor do Departamento Geral das Municipalidades
Recife-PE
Venho remetendo a V Sª os documentos anexos na importância de 1:450$000 proveniente do fornecimento feito por esta Repartição para transporte e pagamento dos serviços de um Médico que prestou socorros aos feridos do Motim verificado no dia 28 de maio último no Povoado de Gravatá-Açu deste Município. Pelo documento Nº 5 (Pública Forma) vê-se que foi extraído do original que se encontra apenso nas Contas enviadas à esse Departamento no mês de agosto próximo findo por não ter sido fornecido ao Tesouro desta Prefeitura o recibo em duplicata como de direito. E como cujas despesas correu por conta do Estado, por fazer parte do Serviço de Polícia, peço V.Sª as necessárias providências no sentido de ser indenizado a esta Prefeitura a importância em aprêço. Saúde e fraternidade.
JOSÉ RUFINO DA SILVA MELLO-PREFEITO
PANELAS-PE
NOTA: Nessa data acima referida, isto é, 28 de maio de 1936, ocorreu uma verdadeira hecatombe no Povoado de Gravatá-Açu, pertencente então ao Distrito de Cupira-PE que pertecia a Panelas, tendo como pivô um fanático religioso, estilo Antônio Conselheiro, que induziu muitos incautos à luta contra Forças Públicas da Polícia Militar de Pernambuco, tendo como palco o recinto da Capela ali ainda hoje existente. Muitos seguidores menos avisados resistiram à ferro e fogo perdendo vidas nos combates travados. Esse líder religioso vestia uma batina preta e concitava a todos adeptos a não se entregarem às autoridades policiais. O nome desse fanático era JOÃO CÍCERO AMARO, conhecido pela alcunha de "PADRE CÔCO" e tinha 23 anos de idade. Esse Motim teve grande repercussão em todo Estado e Estados vizinhos, tendo havido muita movimentação de tropas da Polícia vindo do Recife com viaturas, pois o JUIZ DE DIRETO sa Comarca de Panelas, da qual Cupira era Termo, havia entendido que se tratava de um movimento dos COMUNISTAS, quando não era. Tratava de um fanático que se dizia a reencarnação do PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA, do Juazeiro-CE.
NOTA: Nessa data acima referida, isto é, 28 de maio de 1936, ocorreu uma verdadeira hecatombe no Povoado de Gravatá-Açu, pertencente então ao Distrito de Cupira-PE que pertecia a Panelas, tendo como pivô um fanático religioso, estilo Antônio Conselheiro, que induziu muitos incautos à luta contra Forças Públicas da Polícia Militar de Pernambuco, tendo como palco o recinto da Capela ali ainda hoje existente. Muitos seguidores menos avisados resistiram à ferro e fogo perdendo vidas nos combates travados. Esse líder religioso vestia uma batina preta e concitava a todos adeptos a não se entregarem às autoridades policiais. O nome desse fanático era JOÃO CÍCERO AMARO, conhecido pela alcunha de "PADRE CÔCO" e tinha 23 anos de idade. Esse Motim teve grande repercussão em todo Estado e Estados vizinhos, tendo havido muita movimentação de tropas da Polícia vindo do Recife com viaturas, pois o JUIZ DE DIRETO sa Comarca de Panelas, da qual Cupira era Termo, havia entendido que se tratava de um movimento dos COMUNISTAS, quando não era. Tratava de um fanático que se dizia a reencarnação do PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA, do Juazeiro-CE.
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