"No Brejo, atual Brejo da Madre de Deus, a Guarda Nacional será comandada pelo Barão de Buíque, Francisco Alves Cavalcanti Camboim. Acorrera o Barão, com mais de duzentos homens, à feira do velho burgo, em virtude dos boatos de que, no dia 19 de dezembro, os quebra-quilos alí apareceriam. Diria, em ofício dirigido à Presidência, o também Coronel Camboim: "Os sediciosos se acham acampados nos limites desta Comarca com a de Limoeiro, d'onde tem feito suas correrias por Caruaru e é dalí que pretendem vir ao Brejo, se bem que se falle de outro grupo das partes do Cariri. Já haviam estado, no dia 14, nos Povoados de Capim(Belo Jardim), Santa Cruz e Jacu." , porém não se atreveram a aparecer na Sede do Município. Não confiava muito na Guarda Nacional o Juiz João Álavres Pereira Lessa, e já dissera até ao Presidente Proincial que, sendo "composta de homens do povo, facilmente se pode levar pelo falso preconceito de que esses sediciosos são os libertadores do povo, como se apregoão, e a prova disso é que onde chegão, achão sempre um grande grupo que a elles se liga." Pareceram ao Governo de Pernambuco não importantes a dúvida e a informação de seu Juiz que isso foi enviada uma cópia de seu ofício ao Ministro da Justiça. Não era diferente a opinião do Promotor Augusto Coelho de Morais, para quem "nenhuma confiança pode inspirar a Guarda Nacional". Segundo informações, indivíduos que faziam causa comum com o sedicioso já não queriam pagar impostos."
(páginas 126/127 do livro "Quebra-Quilos-Lutas Sociais no Outono do Império."- Armando Souto Maior- 1978)
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