Transcrevemos pequenos traços da HISTÓRIA DE PESQUEIRA contidos no 2º Volume da "ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS DO INTERIOR DE PERNAMBUCO", editada no ano de 1986, pela então Fundação do Desenvoltimento do Estado de Pernambuco-FIAM, órgão do Governo do Estado, que à páginas 407/408 diz:
"Histórico
Tem os seus antecedentes na Vila de Cimbres, anteriormente conhecida por Aldeia de Ararubá e povoação de Monte Alegre, localizada em cima da Serra do Orurubá. Cimbres foi declarada Vila em 4 de abril de 1762 pelo Ouvidor Geral e Desembargador da Comarca das Alagoas, Manoel de Gouveia Álvares, sendo, no mesmo ano, criado o termo e distrito revisto posteriormente em 1834. A criação da Vila foi confirmada pela Carta Régia de 27 de abril de 1786.
A atual cidade de PESQUEIRA teve origem no mesmo local onde, ao pé da Serra do Orurubá, no ano de 1800, Manoel José de Siqueira anos depois sucessivamente Sargento-Mor e Capitão-Mor - fundou uma fazenda, edificou uma grande casa para residência, além de outras para moradores, senzalas para escravos e, em 1802, uma pequena igreja sob a invocação de Nossa Senhora Mãe dos Homens. O nome da fazenda (depois o da Povoação) teve origem na existência de um poço abundante em pescado, conhecido de todos os que por alí passavam como "POÇO DA PESQUEIRA", DESIGNAÇÃO, com o passar do tempo, simplificada para PESQUEIRA . Está fora de dúvida, à luz da historiografia local, que Manoel José de Siqueira preparou a sua fazenda para ser a futura sede do termo, criando uma estrutura urbana audaciosa para a época, onde se destacava a presença de casas de sobradi, casa de hopedagem e outras comodidades, ao ponto de, a partir de 1812, as Correições seren alí realizadas pelos Ouvidores da Comarca do Sertão. Assim, em breve, a Povoação de PESQUEIRA alcançou nível de desenvolvimento capaz de suplantar e mesmo sufocar o prestígio desfrutado por Cimbres, vão e sede adminstrativa, cujos ofícios públicos aos poucos foram sendo transferidos para a progressista povoação, até que, finalmente, pela Lei Provincial Nº 20, de 13 de Maio de 1836, a Sede foi definitivamente transferida para Pesqueira, que passou à categaria de Vila e Cabeça de Termo.
O desenvolvimento da Vila só veio a acentuar-se, no entanto, com mais vigor, no ano de 1850 em diante. Em 1880 existiam, já em Pesqueira, cerca de trezentas casas de pedra e cal, um comércio bastante desenvolvido e uma vida social que se pronunciava movimentada nos anos seguintes do decênio, com a fundação de uma Biblioteca, instrução pública com cursos primário e secundário, sociedade hípica e sua primeira banda de Música. A inauguração da Estrada de Ferro, em 6 de fevereiro de 1907, consolidou o surto progressista do Município, ameaçado que fora antes pelo desvio à altura de Sanharó, em demanda à fronteira paraibana.
O Distrito de Pesqueira foi criado pelas Municipais de Nºs. 1 e 4, datadas de 25 de novembro de 1892 e 4 de março de 1893, respectivamente. Antes, porém, em 1833, foi foi o 3º Distrito de Paz do Termo de Cimbres, de função meramente judiciária e cuja coação decorreu do novo Código de Processo Criminais instituído naquele ano.
Aesqueira de Santa Águeda foi criada pela Lei Provincial Nº 966, de 25 de junho de 1870, servindo de Matriz, provisoariamente, a antiga Capela de No.S. Mãe dos Homens, até a conclusão, em 1889, da igreja Matriz de Santa Águeda, hoje Catedral da Diocese de Pesqueira.
A Comarca foi instituída pela Lei Provincial Nº 1.057, de 7 de junho de 1872. Segundo vários historiadores, Pereira da Costa à frente, Cimbres foi a Cabeça da Comarca do Sertão, criada pelo Alvará de 15 de Janeiro de 1810, embora essa condição seja reivindicada por Flores.
Oito anos depois de criada a Comarca, foi elevada à categoria de cidade pela Lei 1,484, de 20 de abril de 1880, com o nome de Sant'Águeda de Pesqueira, designação que não ee popularizou e, a exemplo do que acontecera com o nome primitivo ao nome de fazenda, ficou sendo conhecida e tratada simplesmente por Pesqueira. Alcançou, pela ordem cronológica, o 15º lugar na lista das cidades pernambucanas e, na região sertaneja, onde se achava encravada antes da Divisão em Zona fisiográfica, era a única cidade existente.
Em 3 de agosto de 1893, foi instalado o Município, ainda com o nome de Cimbres, mas, com Sede em Pesqueira, dentro da nova organização administrativa republicana que instituiu, oficialmente, o Município com a concepção político-administrativa pela qual é hoje conhecido. Na verdade, a data da criação da Vila de Cimbres, o qual permaneceu com essa denominação até 1913, quando o Conselho Municipal decidiu mudá-lo para o nome da Sede, ou seja, para Município de Pesqueira, evitando de uma vez por todas a confusão que se fazia com a provecta Vila de Cimbres, silenciosa e decadente, lá em cima da Serra do Ororubá, essa decisão, mais tarde, foi referendada pelo Congresso Estadual.
Administrativamente, o Município compõe-se dos Distritos: Sede, Cimbres, Mimoso, Mutuca, Papagaio e Salobro, e dos Povoados de Ipanema e Roçadinho.
A grande data cívica do Município é a da sua elevação a categoria de Cidade: 20 de abril, incluída entre as efemérides municipais, com Feriado a partir do centenário expresamente comemorado em 1980. Em 1986, comemorou o Sesquicentenário de sua elevação à Sede Municipal.
Em 3 de agosto de 1893, foi instalado o Município, ainda com o nome de Cimbres, mas, com Sede em Pesqueira, dentro da nova organização administrativa republicana que instituiu, oficialmente, o Município com a concepção político-administrativa pela qual é hoje conhecido. Na verdade, a data da criação da Vila de Cimbres, o qual permaneceu com essa denominação até 1913, quando o Conselho Municipal decidiu mudá-lo para o nome da Sede, ou seja, para Município de Pesqueira, evitando de uma vez por todas a confusão que se fazia com a provecta Vila de Cimbres, silenciosa e decadente, lá em cima da Serra do Ororubá, essa decisão, mais tarde, foi referendada pelo Congresso Estadual.
Administrativamente, o Município compõe-se dos Distritos: Sede, Cimbres, Mimoso, Mutuca, Papagaio e Salobro, e dos Povoados de Ipanema e Roçadinho.
A grande data cívica do Município é a da sua elevação a categoria de Cidade: 20 de abril, incluída entre as efemérides municipais, com Feriado a partir do centenário expresamente comemorado em 1980. Em 1986, comemorou o Sesquicentenário de sua elevação à Sede Municipal.
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