Atriz DIVA PACHECO, do Teatro da Nova Jerusalém, o "Maior Teatro ao Ar Livre do Mundo", recentemente falecida, em dos seus livros publicados, não só registrou o acontecimento absurdo de um Sargento da Polícia Militar de Pernambuco, isto no ano de 1959 quando o seu pai Epaminondas Mendonça era o Chefe Político há décadas em Fazenda Nova, 2º Distrito do Brejo da Madre de Deus-PE, e com a eleição do então Governador Cid Sampaio que era da UDN, e ele Epaminondas do PSD, pela primeira vez em muitos anos, passou a ser Oposição, fez o dito Militar um correligionário do pai de Diva, engolir um rato "catita" ainda vivo, dizendo que era para não falar mal do Governo de Pernambuco.
A eleição vitoriosa da UDN com Cid Sampaio para Governador de Pernambuco, em 1958 foi renhida, pois o PSD governava há muitos anos e com ele a Família Mendonça em Fazenda Nova, que "pintava e bordava", e não havia a quem reclamar, pois o Sr. Epaminondas Mendonça era quem dava as cartas. Para se ter uma idéia, Diva registrou no seu livro "Réu, réu, se desta eu escapei, já sei que vou pro Céu", um acontecimento político inesperado, é numa sexta-feira, (dia da Feira Livre em Fazenda Nova), era setembro de 1958, ano da Eleição para Deputado, Senador, Vice- e Governador do Estado, ia se realizar um Comício da UDN em Fazenda Nova, marcado para às 11 horas da manhã, aproveitando-se a presença do povo que vinha para a Feira, e quando começou o Comício, um irmão de DIVA, Paulo Mendonça (foi Vereador, Prefeito e Deputado Estadual por diversas vezes) gostava de atrapalhar os comícios dos Udenistas, fazendo funcionar um potente Serviço de Som (com as chamadas "Cornetas") dirigidas para o Palanque da UDN e ninguém conseguiu ouvir nada. Os alto-falantes ficavam em cima do prédio do Hotel Familiar de Fazenda Nova, que também era a residência da Família Mendonça, e no térreo havia também uma Loja de vender Tecidos pertencente à mesma Família, onde por detrás de um balcão esta instalado o referido Serviço de Som, e logo que começou o Comício da UDN, Paulo Mendonça, que seria o sucessor do pai de Diva, ligou o Som, e a chafurda teve início, o candidato à Deputado Estadual, Dr. Adaucto José de Mello(UDN), revoltou-se, chamou dois populares seus correligionários(Moacir Alencar, conhecido poe "Moacir de Barrinhos") e "Amaro de Cícero" que depois seria seu Motorista quando este foi Juiz Federal em Recife) e disse para os mesmos:" Eu vou desligar esse Serviço de Som, e vocês só corram se correr, se não vão levar tiros". E saiu acompanhado dos mesmos e dirigiu-se ao prédio do Hotel Familiar com um Bacamarte (arma usada na Guerra do Paraguai e por tradição nos festejos juninos) à mão, e penetrou no recinto, desligou o Serviço de Som, deu um tiro de bacamarte dentro do recinto e depois disse: "vou urinar aqui para ficar a marca de um cabra macho", e assim o fez. Os membros da Família Mendonça, imediatamente foram ao Brejo da Madre de Deus, Sede do Município e da Comarca, pedindo ao Juiz de Direito e Eleitoral, as necessárias providências. O Juiz dessa época era o Dr. Benilde de Souza Ribeiro (foi Desembargador, Presidente do Tribunal de Justiça e até chegou a assumir por alguns dias o Governo de Pernambuco), que, se dirigiu à Fazenda Nova e mandou chamar o Dr. Adaucto Mello para saber o acontecido. Dr. Adaucto chegou a enfrentar o dito Juiz dizendo-lhe: "Eles pintam e bordam e o senhor não toma providências, só agora vem nos advertir? Não aceito dois pesos e duas medidas." Depois os ânimas se abrandaram e nunca mais os Comícios da UDN foram interrompidos. A Política de antigamente, era "dente por dente", na Lei de Talião.
Cerca de 7 ou 8 anos após, Dr. Adaucto José de Mello, tornarva-se JUIZ FEDERAL em Pernambuco(é falecido), e presidiu o famoso Inquérito e Juri Popular sobre o assasinato do Procurador Pedro Jorge, no caso chamado "da Mandioca", onde houve desvio de dinheiro no Sertão pernambucano envolvendo gente poderosa, financeira e políticamente, e envolvimento até de um Coronel da Policia Militar de Pernambuco, no caso o Major Ferreira.
NOTA: o fato narrado por Diva Pacheco em seu livro, é verdadeiro. Eu sou testemunha. Estava lá naquele dia. Dois anos depois fui Vereador pela UDN em Brejo da Madre de Deus, de cujo Município Fazenda Nova ainda pertence.
NOTA: o fato narrado por Diva Pacheco em seu livro, é verdadeiro. Eu sou testemunha. Estava lá naquele dia. Dois anos depois fui Vereador pela UDN em Brejo da Madre de Deus, de cujo Município Fazenda Nova ainda pertence.
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