CLIQUE SOBRE A FOTO PARA AMPLIARIn "Memórias Históricas da Província de Pernambuco", Vol. I- 1844, de autoria do escritor José Bernardo Fernandes Gama, à página 68, referindo ao Brejo da Madre de Deus, encontramos o seguinte:
"Cabeça de Comarca, e possui, além da Matriz, que é a igreja de São José, mais uma Capela consagrada à Senhora da Conceição, uma Aula de Latim, e duas de primeiras Letras, uma para cada sexo. A Vila do Brejo é hoje um dos lugares de maior comercio do Sertão: suas ruas, apesar de serem alguma coisa estreitas, apresentam bela vista, e alguns edifícios, ultimamente levantados, tem estabelecido-a muito.Todos os sábados há ali uma rica feira, não só dos gêneros de primeira necessidade, como de todos os mais de produção do País, bem como algodão em caroço, couros, vaquetas, péles curtidas e em cabelo, sabão, sêbo, aves, etc., etc.,e também de muitas fazendas, e outras mercadorias levadas do Recife.
A Guarda Nacional forma uma Legião, composta de um Esquadrão de Cavalaria, e dois Batalhões de Caçadores, ao todo 699 praças, excluindo-se 197 Reservas. Arrolou 2.051 Fógos, tendo portanto 10255 habitantes livres."
Por outro lado o Diário de Pernambuco anos depois, edição de 1887, um ano antes de Abolição, constatou que ainda existiam matriculados no Registro próprio da Provincia de Pernambuco, 1.024 ESCRAVOS no Brejo da Madre de Deus, sendo 438 masculinos e 586 femininos. 538 menores de 30 anos, 228 entre 30 e 40 anos; 167 entre 40 a 50 anos; 50 entre 50 e 55 anos e 41 com idade entre 55 a 60 anos, com valor fixado em 419.050$000 apenas os 538 escravos menores de 30 anos. Desse 1,024 escravos 950 eram solteiros, 65 casados e 9 viúvos. 956 trabalhavam como agricultores, 2 como Artistas e 66 como domésticos.
