sábado, 21 de julho de 2012

"O ACRE É NOSSO" --- o preço do ACRE: 2 MILHÕES DE LIBRAS


    "Ao amanhecer, os bolivianos de Puerto Alonso hastearam uma bandeira branca. Do lado brasileiro, às margens do rio Acre, tremulando vitoriosa a bandeira acreana: o retangulo dividido em três triângulos, verde o de baixo, e, sobre o amarelo superior, uma estrela vermelha de cinco pontas,. A batalha decisva terminava, no alvorecer de 24 de  janeiro de 1903. Mas Plácido de Castro o gaúcho que comandava os acreanos, não devia festejar. Pior. Devia preparar-se. Agora, em La az. os bolivianos passariam a organizar uma poderosa expedição, comandada pelo própria presidente, general Pando. Iriam esmagar os acreanos.

     Até meados do século passado, o Acre era considerado "Zona não-descoberta".
    Alí habitavam índios panos e aruaques. Eles chamavam o grande rio da região de "Uákiry"--- "rio cerde". Com certeza o nome índigena deu origem ao nome atual.
    Aquela terra virgem, sabia-se era rica em seringueiras, castanha, madeira, caça e pesca. E assim. quando a grande seca de 1877 flagelou o Nordeste, para lá acorreram milhares de brasileiros. Vinham do Ceará. Paraíba, Rio Grande do Norte. E um novo personagem entrou em nossa história econômica: o seringueiro.

     Os acreanos se revoltaram porque a Bolívia, invocando velhos tratados, de interpretação duvidosa, resolveu tomar posse da região, em 1899, fundando Puerto Alonso (hoje Porto Acre) e instalando aí alfândegas e postos arrecadadores. Os bolivianos foram além. Em 1901, arrendaram o Acre a uma empresa americana, a Bolívian Syndicate, que iria explorar a borracha e teria direito de usar a força para defender seus interesses.
     Então os acreanos se rebelaram. E venceram pela força. 
     No sul do país, a imprensa e os políticos passarm a exigir providências do governo para defender o Acre. Alí á viviam 60 mil brasileiros. Seria um massagre sem conta. O Presidente Rodrigues Alves, mandou oExército ocupar a região e propôs novo tratado à Bolívia. 
     E felizmente a vitória militar de Plácido de Castro foi seguida de vitória diplomática do Barão do Rio Branco.

     A Bolívia reconheceu a prioridade da chegada dos pioneiros , e em 17 de novembro de 1903, assinou o Tratado de Petrópolis. 

    O Brasil lhe pagou 2 milhões de libras esterlinas como indenização; pagou também 110 mil libras ao Bolivian Syndicate, comprometeu-se a construir a ferroria madeira Mamoré, para facilitar o escoamento de produtos bolivianos. Uma empresa do grupo norte-americano de Percival Farquhar, começou a construir a estrada em 1907. A obra demorou quatro anos e custou 30 milhões de dólares. Milhares de operários que trabalharam na cosntrução ficaram doentes devido à grande insalubridade da região.
    O acordo com a Bolívia fez surgir no Brasil a figura do Território Federal. Território do Acre. Plácido de Castro podia desarmar os seus homens. O Acre era nosso."    
        

   









  

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