sexta-feira, 11 de maio de 2012

30 ANOS DA MORTE DO PROCURADOR PEDRO JORGE


        No dia 15 de fevereiro de 1982 o então Major Ferreira, da Polícia Militar de Pernambuco, se encontrou com ELIAS NUNES NOGUEIRA e teve com ele um acerto em Serra Talahada, dentro de um carro da marca Variant II, que era de propriedade do militar. Em maio quando foi preso executor da morte do Procurador Pedro Jorge, o pistoleiro contou uma longa história,que passou a constar das páginas 478 a 486 do processo e que o DIÁRIO resumiu assim:
      "Elias eu quero que você vá ao Recife para fazer um serviço: matar o Procurador da Mandioca, que está me prejudicando e a amigos meus", ordenou Ferreira.
      Como Elias estava em Serra Talhada apenas para vingar a morte do seu irmão assassinado por Vilmar Gaia, um pistoleiro famoso em Pernambuco, à princípio relutou . Entretanto Elias devia favores ao major, pois este prendera certa vez Vilmar Gaia que, até hoje ninguém sabe como fugiu da Cadeia.

       Rodaram vários dias sem sucesso em busca do Procurador. No dia 3 de Março voltaram a se encontrar. Agora a equipe ficara completa: Heronides Cavalcanti e Jorge Ferraz, que estavam no Detran, se uniram a Elias e Lopes. Os dois primeiros dirigiam um Passat e foram em direção a Olinda. "Vamos pegar o homem hoje de qualquer jeito." falou Clidô. Deram muitas voltas e já á noite, pararam num sinal. Finalmente viram um Passat azul. Era o Procurador. O sargento Lopes ultrapassou o veículo de Pedro Jorge várias vezes para que Elias gravasse a sua fisionomia. Pedro Jorge, como fazia sempre, antes de chegar parou na Panificadora Panjá. Comprou pão e leite. 

        "Elias desce e atire no homem", ordenou Lopes. O pistoleiro sentiu que era hora. Na sua memória a recomendação: "Atire na cabeça". Os três disparos compassados. Dois atingiram o alvo e o terceiro a porta do carro. O pistoleiro permaneceu alguns segundos para confirmar a sua missão estava cumprida. Elias deu dois pulos para trás , entrou no carro e fugiram para a cidade de Vitória de Santo Antão-PE. 

(extraído do encarte do DIÁRIO DE PERNAMBUCO de 6 de Agosto de 2001, sob o título "Crimes que abalaram Pernambuco"

  

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