terça-feira, 15 de maio de 2012

HISTÓRIA DA MÚSICA DO OCIDENTE 2


      "Era muito chique proteger as artes. Todas as pessoas finas deviam saber comer à mesa usando talheres (antes só se usava faca), ler e escrever música e tocar um instrumento. Em vez dos órgãos batidos com od cotoveos, as senhoritas tocavam em pranolas e alaúdes (um primo do violão) músicas de dança, às vezes reunidas numa coleão, a suíte.

No período barroco(meados do Século XVII até meados do Século XVIII), a Igreja passou por uma reforma que acabou resultando na divisão entre católicos e protestantes. Por sua vez, a igreja católica promoveu a Contra-Reforma. Em meio a essa tremenda confusão, a música viveu um momento de pleno desenvolvimento. A Reforma valorizou os textos sagrados e tentou torná-los acessíveis ao povo. Desse modo, o que antes era lido e dito nas línguas de cada país.

E a música desempenhou um importantíssimo papel nisso tudo. Todos os cultos eram acompanhados por música. Cantava-se a GLÓRIA DE DEUS com ajuda de qualquer instrumento. Para ajudar na catequese e na conversão, os ritos religiosos passaram a ser encenados, como no teatro. Tudo, naturalmente, acompanhado por muita música.

Durante o período clássico (de meados do Século XVIII até início do Século XIX) houve um excesso de regras musicais. Chegou-se mesmo a desprezar a técnica de composição de Bach, por ser inadequada às regras estabelecidas. As orquestras passaram a ter um som muito bem dosado, equilibrando-se a projeção sonora dos vários instrumentos. Nesse período foram criadas as sonatas( peça tocadas somente por instrumentos e divididas em três movimentos) e as sinfonias.

Já nesta época surgem os virtuoses, excelentes instrumentistas. Tartini, no violino e Mozart, no piano, por exemplo.

A música instrumental desenvolveu-se muito e em toda parte os instrumentos passaram a ser construídos segundo os padrões e regras predeterminadas.

No período romântico (Século XIX), há muito do que se falar. Essa foi uma época em que os artistas eram idolatrados, considerados gênios. O que se escreveu a respeito de Beethoven, por exemplo, à parte sua genialidade, tinha muito de exagero. Conta-se que o compositor era tão desmazelado que sua casa parecia uma jaula de urso: roupas limpas misturadas às sujas, tudo em meio a pedaços de salame.

A música romântica, comparada com a clássica, tem a mesma arrumação da casa de Beethoven. As regras de equilíbrio musical foram inteiramente quebradas, a intensidade sonoro foi completamente sacudida. A música, por exemplo, começava baixinho, devagar, num movimento que em italiano chama-se pianíssimo. De repente, surgiu uma explosão orquetral.

O virtuosismo chegou as se ponto máximo. Paganini, por exemplo  tocava como um duende, arrancando do seu violino sons (às vees até as cordas) surprendentes. No piano, Chopin, Lizst e muitos outros encantavam as platéias românticas com sua habilidade, Os grandes músicos do Romantismo eram independentes. Não se sobordinavam nem à Igreja nem ap gosto aristocrático. E a música por eles produzida era conturbada, cheia de contrastes, o que dá bem a idéia de como era a época: de revoluções, de conflitos sociais e de grandes idealismos. 



      

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