Ainda quando jovem a brejense Dulce de Souza Pinto, sempre participava dos eventos que se realizavam no Brejo da Madre de Deus, promovendo a vida social e cultural da sua terra. Ora na criação de clubes recreativos, onde a juventude se rejubilava com os bailes. Ora organizando pastorís com crianças da sociedade local, cuja renda era revertida para a realização da Festa do Padroeiro do Brejo, São José. Mas Dulce foi além, resolveu fundar o MUSEU HISTÓRICO DO BREJO DA MADRE DE DEUS, mesmo não contando com o apoio dos poderes públicos. Conseguiu, só Deus sabe como, o majestoso prédio (sobrado) abandonado, cujo casario colonial é revestido de azulejos portugueses, centenário, pertencente aos herdeiros da Família Magalhães. Depois saiu pedindo aos proprietários de objetos históricos que estavam ao relento, bem como livros antigos, correntes que prendiam os escravos, etc. E de pedaço em pedaço formou o Museu. Dos seus proventos (um salário mínimo) pagava a energia do prédio e a limpesa, possivelmente com a renda que tinha decorrente da confecção do artesanato, pois ela é artesã, e já expôs no Exterior viajando a outros Países com a famosa pintora Luiza Maciel. E cadê o Poder Público? Agora quando já conta inclusive com esqueletos de homens pré-históricos encontrados nas cavernas do sítio "Furna do Estrago", no perímetro urbano da cidade, por uma equipe Universidade Católica de Pernambuco-UNICAP sob o comando da Professora e Arqueóloga Jeannette Lima, de saudosa memória, não esteve merecendo os cuidados necessários à conservação desse e de outros materiais encontrados e expostos no Museu, chegando ao ponto do Ministério Público local(Promotora de Justiça) intervir, impedindo o acesso de qualquer pessoa ao recinto onde os mesmos se encontram, e criando, consequentemente, muitos contragimentos à sua fundadora que atualmente é octagenária. Não fazem nada quando é preciso, e desmancham tudo graciosamente. Isto é o retrato, infelizmente, do Poder Público, com raríssimas exceções. É uma pena!
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